NOVOS ALERTAS

Instituto alerta para possibilidade de novas enchentes no sul do RS

Comunicado do MetSul diz que o volume de água que desce pelos cerca de 300 quilômetros entre o Guaíba e a parte Sul da Lagoa dos Patos é muito alto

Por Pedro Faria
Publicado em 08 de maio de 2024 | 12:27
 
 
 
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O MetSul Meteorologia emitiu um alerta, na manhã desta quarta-feira (8), para a possibilidade de novas e grandes enchentes na região Sul do Rio Grande do Sul nos próximos dias. De acordo com o comunicado, o volume de água que desce pelos cerca de 300 quilômetros entre o Guaíba e a parte Sul da Lagoa dos Patos é muito alto. Todos os rios que desaguam na Lagoa tiveram enchente recorde ou histórica nos últimos dias.

O maior deles, o Jacuí, alcançou um volume recorde, causando com que a usina de Dona Francisca atingisse a capacidade máxima do vertedouro no final de abril.

A expectativa é de que nos próximos dias a água alcançará locais na cidade de Pelotas em que jamais chegou, inclusive no Centro. Grandes áreas da cidade podem ficar debaixo d 'água. O Instituto alerta que, em alguns locais, a inundação será severa e extrema.

Segundo o MetSul, o Rio Grande deve ser outra cidade severamente afetada pelas inundações. As enchentes também devem afetar trechos de rodovias da região com bloqueios ou totais ou parciais. Com o grande volume de águas, o tamanho das lagoas deverá se expandir com as águas inundando lavouras ainda não colhidas e atingindo o gado. 

Situação no Rio Grande do Sul

Ao todo, 388 dos 497 municípios gaúchos registraram algum problema em decorrência do temporal, que inundou regiões inteiras, destruiu pontes, barragens e alagou escolas, hospitais e milhares de casas. Cerca de 1,3 milhão de pessoas foram afetadas.

Segundo balanço da Defesa Civil do Estado desta terça-feira (7) subiu para 90 o número de mortos. Já são 132 pessoas desaparecidas e 361 feridas. Cerca de 203,8 mil pessoas estão fora de suas casas, sendo que 48,1 mil estão em abrigos e 155,7 mil estão desalojadas.

No fim de semana, o governo federal reconheceu o estado de calamidade pública em 336 cidades gaúchas. Na prática, esse reconhecimento abre caminho para que as prefeituras consigam de forma mais célere os repasses de verbas federais. Além disso, possibilita uma menor burocracia administrativa para realizar compras e contratar serviços.

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