CAGED

Geração de empregos: BH tem melhor 1º trimestre dos últimos anos para o mercado formal

Análise da Fecomércio baseada em dados do Caged mostra que a Capital registrou 13 mil novos postos de trabalho entre janeiro e março

Por Raíssa Pedrosa
Publicado em 07 de maio de 2024 | 18:23
 
 
 
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Mais de 13 mil postos de trabalho foram criados em Belo Horizonte entre janeiro e março de 2024. De acordo com análise do Núcleo de Estudos Econômicos da Fecomércio MG, baseada nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), esse foi o melhor primeiro trimestre dos últimos anos para o mercado de trabalho formal na capital.

Segundo a Fecomércio, o número de carteiras ativas atingiu o melhor patamar, com mais de 1,017 milhão de profissionais, e o volume de empregos registrou a adição de quase 30 mil novas carteiras assinadas ao longo dos últimos 12 meses.

A maioria das vagas criadas em março foi de contratos tidos como permanentes, ou seja, que se aproximam mais dos contratos tradicionais "vínculos típicos". Quanto aos setores, houve criação de postos de trabalho em todas as cinco áreas, com destaque para os setores de serviços e comércio, que juntos compõem o setor terciário e foram responsáveis pela geração de 4.249 dos 5.351 postos de trabalho - ou seja, quase 80% de todas as vagas do mês.

As atividades do setor com os maiores saldos de contratações foram:

  • Serviços Combinados de Escritório e Apoio Administrativo (467)
  • Comércio Varejista de Mercadorias em Geral, com Predominância de Produtos Alimentícios – Supermercados (446)
  • Serviços de Engenharia (320)
  • Fornecimento e Gestão de Recursos Humanos para Terceiros (277)
  • Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos, sem Manipulação de Fórmulas (273)
  • Comércio Atacadista de Mercadorias em Geral, com Predominância de Produtos Alimentícios (189)

Salário

O  salário fixo de admissão foi de R$ 2.127,61, 10% superior ao salário de contratação do Estado. Os salários fixos iniciais pagos pelos setores na capital mineira foram superiores em quase todos os setores em relação ao contexto estadual, com exceção do setor da agropecuária, que ficou 8% abaixo do estado.

Perfil dos contratados

O perfil de contratação foi predominantemente de profissionais mais jovens, com até 24 anos, representando 75% dos postos criados. Em contraste, os profissionais com mais de 60 anos perderam espaço no mercado de trabalho. Quanto ao grau de instrução, houve criação de postos de trabalho para todos os níveis de escolaridade. 

Escolaridade

Em relação à escolaridade, os profissionais com ensino médio completo foram os que mais conquistaram espaço, com 2.978 posições, seguidos dos profissionais com ensino médio incompleto, com 1.171 postos de trabalho. Por outro lado, os profissionais que ocuparam menos posições foram os que não possuem escolaridade, com 37 posições. 

Desligamentos

Segundo a análise, pedidos de desligamento por parte dos profissionais têm aumentado com o passar dos meses. O mês de março registrou 16.337 pedidos, o que reflete 35,4% de todas as demissões. No mesmo mês do ano anterior, os pedidos representaram 34,2%.

Segundo Gilson Machado, economista da Fecomércio MG, o mercado de trabalho mais aquecido faz com que os profissionais que estão trabalhando peçam demissão do seu emprego atual para assumir uma posição em outra empresa. “Geralmente isso ocorre em função de receberem uma proposta de trabalho mais atrativa, que está mais alinhada com os seus objetivos profissionais ou até mesmo porque optam por assumir uma nova posição", destaca Gilson Machado.

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