Foram duas semanas intensas, com os cruzeirenses realizando quatro jogos, sendo que, em duas ocasiões, os atletas entraram em campo menos de 48 horas após a partida anterior. Uma maratona desgastante fisicamente e que colocou a comissão técnica celeste em estado de alerta. A apreensão foi uma constante, e dois importantes combatentes saíram feridos, quase literalmente – o atacante Leandro Damião e o meia-atacante Alisson –, após as guerras que foram travadas em campos brasileiros e sul-americanos.
“Infelizmente, perdemos dois atletas importantes. Com 72 horas, com três dias, muitos atletas já entram em campo com déficit de recuperação. Imagine com 48 horas? Não estamos aqui para lamentar, mas para buscar a solução”, explica Juvenilson de Souza, preparador físico do Cruzeiro.
Trégua. Quem conseguiu sair ileso, mesmo que muito próximo de ter o mesmo fim dos que pelo caminho ficaram, celebra a pausa que o time terá até o jogo de ida da Libertadores, contra o São Paulo, no dia 6 de maio. Um raro momento de trégua.
“Chegou em boa hora esse descanso. Se tivesse mais jogos, não sei o que seria da gente. No último jogo (contra o Universitario Sucre-BOL) joguei com muita dor, porque não deu tempo para recuperar. Doamos o máximo nas partidas, e esse período vai ser bom para recuperar não só o físico, mas a mente também, que cansa muito. Vamos voltar forte para a sequência da competição”, exaltou o veterano de batalhas Henrique.
A bandeira branca está hasteada, mas é por pouco tempo. Hora de reagrupar o pelotão e passar novas instruções, principalmente no tocante ao condicionamento físico. Será necessário ter força para encarar os rivais que se realinham no front.
“A importância dessa pausa é fundamental, porque é o momento de caminhar em duas frentes. Primeiro ponto: recuperar os atletas, com alguns dias de folga. Segundo ponto: você tem a oportunidade de treinar algumas coisas que, durante a temporada, você não consegue”, salienta Juvenilson de Souza.
Comando. Serão nove dias de preparação intensa. E o comandante dessa tropa promete não aliviar. O planejamento do confronto contra os tricolores já está sendo traçado.
“Temos que pensar estrategicamente nos dois confrontos, fora e em casa. Temos essa vantagem. Sempre observo todo mundo. Aqui, a gente cuida do elenco com iguais condições de quem joga ou não. Até quem está fora do banco. Sempre falo para todos que é preciso treinar forte, pois qualquer um pode ser chamado a qualquer momento, e é preciso estar bem”, explica Marcelo Oliveira.