São Paulo. A Caixa Econômica Federal espera alcançar R$ 154 bilhões em concessões de crédito imobiliário neste ano, de acordo com Teotonio Costa Rezende, diretor executivo de habitação da Caixa. Se confirmado, o montante representará aumento de 14,2% em relação aos R$ 134,9 bilhões registrados em 2013. Nos últimos anos, conforme ele, o banco multiplicou por 28 o volume destinado anualmente para este segmento.
De acordo com Rezende, a Caixa tem participação de mercado de cerca de 70% do crédito imobiliário, principal negócio do banco. No entanto, ele acredita que seja necessária uma melhor distribuição de atuação dos bancos neste segmento.
“Olhando do ponto de vista da Caixa é ótimo, mas por parte do mercado é preciso uma distribuição melhor. Eu não estou dizendo que não vamos brigar por ‘share’, nós vamos brigar, mas é necessária uma maior participação dos bancos privados”, disse. Rezende participou de evento em São Paulo sobre crédito imobiliário.
De onde vem o dinheiro. O diretor da Caixa explicou que os instrumentos de securitização podem ter um papel relevante na diversificação de fontes de recursos para o crédito imobiliário. A poupança e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) vão continuar, conforme ele, com papel relevante em canalizar recursos para a compra de imóveis, mas são necessárias alternativas. “O Brasil é ainda um dos poucos países em que o crédito imobiliário é quase totalmente dependente de crédito direcionado. A poupança, que resiste há décadas e continua captando bastante, e também o FGTS. Precisamos aproveitar os bons fundamentos da economia para criar mecanismos de mercado para subsidiar o crédito imobiliários”, avaliou Rezende. O executivo citou a criação das letras financeiras imobiliárias similares ao “covered bond” existente na Europa.
Busca pela estabilidade financeira
Em resumo:
A desaceleração do crédito no ano passado afetou o ganho dos bancos, que se esforçam para cortar despesas administrativas e aumentar a venda de serviços
Lucro líquido do sistema financeiro nacional:
R$ 59,6 bilhões nos 12 meses encerrados em junho de 2013
R$ 60,6 bilhões em todo o ano passado
Despesas administrativas: R$ 4,7 bilhões recuaramna mesma comparação
Receitas com serviços: R$ 4,3 bilhõesaumentaram