RIO DE JANEIRO " Dois pólos fortes se formaram para disputar o controle da Light. De um lado, juntaramse num consórcio a construtura Andrade Gutierrez (AG), a Cemig (geradora e distribuidora de energia em Minas Gerais) e o ex-presidente da Eletrobrás José Luiz Alquéres; de outro, está o GP Investimentos.
Ontem, terminou o prazo oficial para a entrega das propostas dos interessados em comprar da estatal francesa Électricité de France (EDF) o controle ou parte da distribuidora fluminense, privatizada há nove anos. O banco de investimentos Goldman Sachs foi contratado para receber as propostas.
Nessa primeira etapa, as empresas procuraram manter sigilo sobre a entrega das propostas e seus parceiros. O GP teria apresentado sua proposta sozinho, segundo fontes do mercado. Já um participante do consórcio, que inclui outros investidores menores, disse que o interesse é comprar a totalidade das ações da Light.
A AG, que tem diversos negócios de concessões de serviços públicos como pedágio, empresa de águas e a Telemar ainda não tem os pés no setor de energia elétrica.
A diretoria da Cemig confirmou ter apresentado proposta ao Goldman Sachs, mas informou apenas que entrou em conjunto com outros parceiros sem especificar quais e que pretende participar apenas de forma minoritária.
A expectativa no mercado é de que dentro de dez dias o Goldman Sachs anuncie um grupo de pré-selecionados, que terão acesso aos dados mais confidenciais da Light. A EDF anunciou há um mês que está buscando um sócio estratégico para a Light.