Se a adoção do racionamento se baseasse nos últimos cinco meses de economia no consumo de água da região metropolitana de Belo Horizonte, que teve média de 14% no período, o corte no fornecimento já seria realidade. No mês de junho, a redução do consumo ficou em 15,2%, metade da meta de 30% imposta pela Copasa. Em Minas, o resultado foi ainda pior: apenas 11,3% em relação ao mesmo mês do ano passado. A economia registrada em fevereiro foi de 9,4%, seguido por 16% em março, 15% em abril e 14,5% em maio.
Apesar da economia insuficiente, a companhia de abastecimento colocou o consumo da população do mês de julho como decisivo para o início do racionamento. Junto a isso, a Copasa promete ainda para agosto uma nova obra que aumentará a transferência de água dos sistemas rio das Velhas para o Paraopeba. A intervenção, segundo a Copasa, permitirá que o sistema integrado de distribuição aumente em 250 litros por segundo, fazendo com que a produção de água do Sistema Paraopeba diminua em 4%, o que daria um alívio à captação de água nos reservatórios do Rio Manso, Serra Azul e Várzea das Flores.
“Já estamos comprando os equipamentos e as válvulas necessárias. Teremos de fazer paralisações no abastecimento de 12 a 16 horas, por um dia. Por isso, pedimos um esforço maior da população, que será recompensado com a não adoção do racionamento”, explicou o diretor de Operação Metropolitana, Rômulo Perilli.
A companhia também monitora diariamente o nível dos reservatórios do Sistema Paraopeba, responsável pelo abastecimento de água da capital e da região, nesta quarta com apenas 34,2% de sua capacidade. Para se ter uma ideia, em julho do ano passado, o sistema operava com 56,1% do total, e com 89,4% em 2013.
“Se o período de seca se mostrar como até agora foi, sem chuvas, e se o consumo de água não diminuir ainda mais, acreditamos que o colapso no sistema acontecerá em outubro e, com isso, teremos de adotar medidas de racionamento até a que obra de captação do rio Paraopeba, em Brumadinho, esteja concluída”, avisou Perilli.
No caso de racionamento, os consumidores deixarão de receber água em casa pelo menos um dia por semana. Também é possível que a seca nas torneiras dure por 12 horas por semana, ou quatro dias por seis horas. O plano já está pronto e será, se necessário, enviado para análise e autorização da agência reguladora Arsae.
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Economia de água em BH e região foi metade da meta em junho
Sistema Paraopeba, responsável pelo abastecimento de água de Belo Horizonte e de parte da região metropolitana, está com 34,2% de sua capacidade
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