Ivan Simões
Diretor de Assuntos Corporativos
Anglo American
Já se sabe as causas do rompimento do mineroduto em Santo Antônio do Grama?
É muito cedo para falar. Removemos o duto danificado, que está sendo analisado por equipes do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Depois do rompimento, a fiscalização foi intensificada no restante do mineroduto, que tem 535 km entre Conceição do Mato Dentro e o porto, no Rio de Janeiro?
Nós estamos fazendo uma série de ações, como ultrassom e raio X, para garantir a integridade do mineroduto. Sempre fizemos fiscalizações e não detectamos nenhuma anormalidade nos trechos inspecionados. Com os aprendizados, o mineroduto vai ficar mais seguro.
É possível dar uma previsão sobre a retomada das atividades?
Nossa prioridade no momento é garantir a normalização do abastecimento de água, o que já foi feito, e a limpeza da calha, que está sendo feita. Primeiro nos preocupamos em estabilizar com segurança, e conseguimos fazer isso no primeiro dia. Um acidente como este nunca tinha acontecido e só vamos retomar as operações quando tudo estiver em segurança. Não é possível dar um prazo.
Com a paralisação das operações, as exportações de minério de ferro também pararam?
Não. Nós ainda temos estoque suficiente no porto e estamos recalibrando os embarques.
O Ministério Público pediu o bloqueio de R$ 10 milhões da Anglo (e a Justiça acatou na última sexta).
Entendemos que as recomendações já estão sendo cumpridas, e vamos tentar reverter essa decisão.