Centenas de refugiados protestaram nesta terça-feira (1º) na estação de trens de Keleti, em Budapeste, após serem barrados pelas forças de segurança e impedidos de embarcar rumo à Alemanha e à Áustria.
As autoridades da Hungria suspenderam as viagens programadas para esta terça e fecharam a estação temporariamente, expulsando pessoas que protestavam nas plataformas. Após a reabertura do terminal, as forças de segurança bloquearam a entrada dos migrantes, provocando pequenos tumultos.
Milhares de refugiados estavam há semanas acampados na estação de Keleti, esperando seguir sua viagem. Nesta segunda (31), centenas de pessoas conseguiram embarcar.
A Áustria registrou que 3.650 refugiados passaram pela estação central de Viena apenas nesta segunda.
A crise de refugiados na Europa se intensifica à medida em que milhares de pessoas oriundas de países em conflito chegam ao continente por meio de travessias perigosas no Mediterrâneo.
Após desembarcar em países costeiros como Grécia e Itália, a grande maioria dos migrantes atravessa o continente em busca de asilo em países mais ricos, como Áustria, Alemanha, Reino Unido e Suécia.
A Hungria se tornou uma importante rota de refugiados e tentou conter a entrada irregular de migrantes erguendo uma cerca na fronteira com a Sérvia e intensificando a segurança com soldados e policiais. Estima-se que mais de 140 mil pessoas tenham chegado ao país desde o início do ano.
As autoridades europeias buscam soluções para a crise, que é agravada por desafios legais. O trânsito é livre entre os 26 países da União Europeia, mas as normas comunitárias exigem que pessoas em busca de asilo permaneçam no país de chegada até que o seus pedidos sejam processados.