Brasília. Estão emperradas as articulações para viabilizar o apoio do PSB a uma candidatura do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa à Presidência da República. A pouco mais de um mês do prazo final para filiação partidária, parlamentares da legenda que trabalhavam para construir consenso em torno do nome do relator do processo do mensalão reconhecem que a ideia não deve vingar.
Parte da legenda culpa o próprio Barbosa e sua demora em dar uma resposta ao partido. O ex-ministro havia prometido se manifestar após o Carnaval, que terminou há dez dias.
Outros integrantes do partido afirmam que as divisões internas na sigla têm inviabilizado uma solução em torno do nome de Barbosa. Em São Paulo, o vice-governador, Márcio França, já afirmou que irá apoiar Geraldo Alckmin (PSDB) para o Planalto. Em Pernambuco, aliados de Eduardo Campos (morto em 2014) têm se aproximado do ex-presidente Lula, que tem boa votação no Nordeste.
Já o ex-ministro de Lula Aldo Rebelo, que já colocou seu nome à disposição do PSB, tem cogitado lançar o empresário Josué Gomes (sem partido), filho do ex-vice-presidente José Alencar.