Até o fim do próximo ano, todas as secretarias municipais de Belo Horizonte vão adotar um novo modelo de gestão e fiscalização. Nesta quarta-feira (22), durante o 1° Seminário de Integridade Pública da capital, foi lançado oficialmente a primeira etapa do projeto, que começará a ser implementado na Controladoria Geral.
De acordo com a corregedora geral do Município, Cláudia Fusco, o programa tem quatro fases. O objetivo é identificar possíveis vulnerabilidades no quadro de integridade dos órgãos municipais. Segundo Cláudia, a partir de fevereiro a iniciativa será expandida para toda a prefeitura. Atualmente, um projeto piloto também é realizado na PBH Ativos.
“É um assunto do momento, temos assistido a essa questão (a corrupção) no país inteiro. Começamos primeiro para dar exemplo. Antes, outros órgãos já vinham trabalhando essa questão, já existia a Secretaria Especial de Prevenção da Corrupção e Informações Estratégicas que trabalhava com algumas ações, mas mais no âmbito de divulgação do conceito de integridade, distribuição de cartilhas. A investigação era sob demanda, não tinha o programa. A ideia agora, nessa gestão, é fazer uma avaliação de risco dentro dos órgãos, se tem nepotismo, conflito de interesses. Havendo pontos fracos, trabalharemos em ações de correção. Depois vem a etapa do monitoramento, que é contínua”, explica. A primeira etapa é a conscientização dos servidores sobre o ambiente íntegro.
Para o vice-prefeito da capital, Paulo Lamac (Rede), a integridade é um dos focos desta gestão. “No período de transição, o prefeito Alexandre Kalil deixou claro a importância de ter uma equipe que fosse extremamente zelosa. Não vamos admitir conduta indevida. A corrupção não está circunscrita a um campo de pessoas. Se associa aos políticos devido aos acontecimentos que chocaram o país, mas é um problema muito mais sério do que um núcleo corrupto na gestão do nosso país. É um problema endêmico. Eu advogo que a solução venha com a educação”, destacou.