A Polícia Federal precisou chamar quatro chaveiros para entrar no apartamento do senador Aécio Neves (PSDB), no bairro Anchieta, na região Centro-Sul de BH.
Os agentes chegaram às 6h no local para cumprir mandado de busca e apreensão, mas demoraram aproximadamente três horas para entrar no imóvel que estava vazio. Por volta de 9h30, os primeiros policiais deixaram o imóvel carregando malotes com documentos do senador.
O apartamento é um dos endereços do senador que a PF cumpre mandados de busca e apreensão na manhã desta quinta-feira em Belo Horizonte.
Além disso, agentes estão em imóveis no Rio de Janeiro, em Brasília e no gabinete do político no Senado Federal.
Rio de Janeiro
Policiais federais e funcionários do Ministério Público Federal saíram às 9h20 desta quinta-feira do prédio do senador Aécio Neves (PSDB) em Ipanema, bairro nobre da zona sul do Rio. Eles ficaram por cerca de duas horas no local e saíram com um malote e uma mochila do edifício.
O grupo chamou um chaveiro para abrir o apartamento do presidente do PSDB, já que ninguém atendeu ao chamado. O imóvel estaria vazio. O prédio, que tem o nome do avô de Aécio, Tancredo Neves, está em um dos endereços mais valorizados da capital fluminense. As buscas foram feitas em companhia de uma testemunha chamada no local, no caso, o funcionário de um hotel que fica ao lado do prédio.
Entenda o caso
Nessa quarta-feira (17), foi revelado pelo jornal "O Globo" que o dono da empresa JBS, Joesley Batista, gravou declarações comprometedoras do presidente Michel Temer (PMDB) e do senador Aécio Neves (PSDB) durante conversas informais. Batista, que já possui um acordo de delação premiada com a Justiça Federal, levou as gravações ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que fossem homologadas.
Nestas conversas, o presidente teria sugerido que se mantivesse pagamento de mesada ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e ao doleiro Lúcio Funaro para que estes ficassem em silêncio. Já Aécio Neves teria pedido R$ 2 milhões para ajudar a pagar suas despesas com a defesa na Operação Lava Jato.
Devido a isso, foi deflagrada, na manhã de hoje, a operação Patmos, que prendeu a irmã do senador, Andrea Neves e outras duas pessoas após ser expedido mandados de prisão preventiva pelo ministro do Superior Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, relator dos processos ligados à Operação Lava Jato.