A sessão desta sexta-feira (6) no Senado, que aprovou por 15 votos a 5 o parecer do relator Antonio Anastasia pela admissibilidade do processo de impeachment, foi marcada por um bate-boca entre senadores tucanos e governistas, sendo o pivô da discussão o senador Aécio Neves, presidente Nacional do PSDB. Logo no início da reunião, o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima, pediu a palavra para rechaçar uma postagem do petista Lindbergh Farias nas redes sociais, atribuindo a Aécio frases em defesa da perda de direitos trabalhistas. “São informações mentirosas”, acusou o tucano.
Em seguida, ao pedir direito de resposta, o senador Lindbergh Farias admitiu a postagem, confiando na veracidade das informações apuradas por sua equipe. A partir desse momento, os senadores tucanos partiram para a briga. “O senhor está reiterando a infâmia, a mentira. Se sua assessoria fez isso, são cúmplices da infâmia”, interrompeu o senador Aloysio Nunes (PSDB).
Quando retomou a palavra, o petista partiu para o ataque ao dizer que o senador Cássio Cunha Lima não conseguiria esconder do Brasil, o que classificou de golpe contra a democracia. O tucano voltou a atropelar o discurso do vice-líder do PT no Senado. “O senhor não tem humildade nenhuma. É um oportunista”, gritou Cássio Cunha Lima ao microfone. Aluísio Soares completou dizendo que faria a denúncia ao Conselho de Ética.
Em seu perfil no Facebook, o senador Aécio Neves se manifestou sobre a postagem de Lindbergh e negou que tenha dito a frase contra direitos trabalhistas. “O PT, prestes a perder o governo, perde também a compostura. O senador Lindbergh, sem argumentos para enfrentar o debate que se trava no Brasil, apela para a mais deslavada mentira. Nas suas redes sociais, atribui a mim uma frase que jamais disse. Como sempre afirmei, o PT usa a mentira como método”, diz o texto.