CIDADE ADMINISTRATIVA

Com parte dos servidores em home office e sem solução para elevadores, Cidade Administrativa terá mudanças para funcionamento

Declaração foi feito pelo vice-governador Matheus Simões em coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira (10 de maio)

Por Raquel Penaforte e Rayllan Oliveira
Publicado em 10 de maio de 2024 | 08:45
 
 
 
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O problema técnico dos elevadores dos prédios Minas e Gerais, da Cidade Administrativa, ainda segue sem previsão de ser solucionado, conforme anunciado pelo vice-governador Mateus Simões, em coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira (10). Por isso, parte dos servidores irão trabalhar em home office por tempo indeterminado, e o layout dos prédios será reconfigurado para que os primeiros andares possam ser ocupados em atendimento ao público.

A medida foi adotada preventivamente após a identificação de novas falhas que comprometem o funcionamento dos equipamentos. As atividades nos prédios Tiradentes e Alterosas estão mantidas normalmente. "Das situações imprevistas que já lidei até agora, eram fenômenos naturais e externos. Não tive que lidar com tamanha gravidade, causada por fator humano", disse o vice-governador ao se referir as falhas nos elevadores. 

Segundo Simões, os problemas ocorreram por desvio de dinheiro e falta de cuidado das gestões antigas. "Quase 8 mil pessoas trabalham na Cidade Administrativa todos os dias. Agora, quase 7 mil servidores irão ficar em casa por causa disso. Quem deveria ter se preocupado com isso, lá no passado, não se preocupou", desabafou.

Conforme informado por O TEMPO, o Governo de Minas decidiu, em caráter de urgência, suspender o expediente presencial a partir desta sexta-feira (10). A decisão é válida para os servidores que atuam nos prédios Minas e Gerais da Cidade Administrativa.

Uma perícia na estrutura foi realizada nesta quinta-feira (9). O laudo apontou que os pilares metálicos dos contrapesos dos elevadores não foram chumbados conforme o projeto, resultando em um espaço vazio entre a viga de concreto armado e as chapas de fixação dos pilares, provocando um efeito "pino". Esse diagnóstico fez com que o Governo determinasse pelo remanejamento de parte dos servidores. Um outro laudo, concluído em março, identificou falhas na estrutura.

"Nós tivemos o primeiro diagnóstico, que apresentou vícios. Outro ponto é a divergência do projeto original ao que foi executado. Além das questões visíveis, foram identificadas outras que poderiam intensificar essas falhas. São problemas impossíveis de serem detectados no uso normal. Devemos agradecer a Deus por não ter tido um desastre maior", acrescentou.

Home office

Segundo a secretaria de Planejamento e Gestão de MG, Luísa Barreto, os servidores da Cidade Administrativa possuem experiência com o trabalho remoto. Os servidores que necessitam de atendimento presencial serão realocados para os primeiros andares, e os demais serão alocados em home office.

Barreto afirma que o home office será necessário até a conclusão da manutenção dos equipamentos. O contrato de licitação, segundo a secretaria, está em fase de licitação e deve ser assinado nas próximas semanas.

"Temos serviços que são prestados de forma presencial e esses vão retornar de forma gradativa nos primeiros e segundos andares dos prédios.  Primeiro, serão restaurados os elevadores que percorrem todos os andares. Depois, os elevadores que percorrem os últimos andares e por fim, os elevadores que percorrem os primeiros andares" explicou a secretária.

Falhas nos elevadores

As falhas nos elevadores do Prédio Minas foram detectadas em novembro de 2023, durante a rotina de manutenção. Como medida de segurança, todos os elevadores sociais do prédio foram interditados, e os privativos foram disponibilizados para uso comum.

Para identificar a causa dos problemas, a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão de Minas Gerais (Seplag-MG) contratou uma empresa especializada para realizar uma perícia técnica.

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