JUSTIÇA

Cantora gospel de Lagoa Santa e marido são condenados por pirâmide financeira e estelionato

Isabela Cristi Gomes Barros e David Robson de Barros são suspeitos de causar prejuízo a cerca de 300 pessoas; casal também deverá indenizar vítimas em mais de R$ 7 milhões

Por José Vítor Camilo
Publicado em 09 de maio de 2024 | 15:49
 
 
 
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Foram condenados a mais de 9 anos de prisão, pelos crimes de estelionato e esquema de pirâmide, a cantora gospel Isabela Cristi Gomes Barros e seu marido, David Robson de Barros. O casal foi preso duas vezes, entre 2022 e 2023, sob a suspeita de causarem prejuízos em mais de 300 pessoas, vítimas de golpes usando uma plataforma de investimento financeiro. Além da pena, o casal também foi condenado a indenizar as vítimas em mais de R$ 7 milhões. 

A informação foi confirmada a O TEMPO pelo advogado do casal, Júnior Pinheiro. Por nota, o defensor disse que David está "à disposição da Justiça" e que Isabela segue em prisão domiciliar, com a filha de 2 anos.. "Estão sendo tomadas as providências quanto aos recursos cabíveis", conclui o texto.

A cantora e o marido eram proprietários de uma plataforma de investimentos que prometia lucros altos, mas deixava as vítimas no prejuízo. A prática é conhecida como pirâmide financeira, esquema que é proibido no Brasil.

Nas redes sociais, eles ostentavam uma vida de luxo com fotos de várias viagens para o exterior. Eles ofereciam lucros de até 400% com os investimentos, o que era tentador para os usuários da internet. A reportagem de O TEMPO entrevistou uma das vítimas, que conheceu Isabela em uma igreja evangélica e investiu R$ 40 mil. "Minha vida está um inferno", contou ela na época.

Eles foram presos pela primeira vez no dia 6 de maio de 2022 suspeitos de dar prejuízo a cerca de 300 pessoas. Na ocasião, quando a polícia chegou na casa deles em Lagoa Santa, na região metropolitana de Belo Horizonte, Isabela e o marido resistiram à prisão, usando a filha deles de 3 apenas meses como escudo contra os policiais. 

Já a segunda prisão aconteceu no dia 7 de junho de 2023, quando a mulher já se encontrava em prisão domiciliar em Lagoa Santa. Na ocasião, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) não precisou o motivo da nova prisão preventiva do casal.

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