Uma agente penitenciária foi morta a caminho do trabalho em Uberaba, no Triângulo Mineiro, nesta sexta-feira (31). A primeira impressão da Polícia Militar é de execução. Ninguém foi preso.
Por volta das 5h, Vivian Cristina Medeiros Gonçalves, de 37 anos, saiu de casa, no bairro Guanabara para assumir seu plantão na Penitenciária Professor Aluízio Ignácio de Oliveira, no bairro Amoroso Costa.
Segundo relato de testemunhas aos militares, no trajeto, em uma rotatória, ela teve sua motocicleta Honda Biz cercada pelo suspeito, que com uma pistola .40 fez os disparos. Dos 11 tiros, pelos menos três atingiram a mulher na nuca e cabeça. O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal.
Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, o caso está sob comando do delegado João Francisco de Andrade, da Delegacia de Homicídios de Uberaba, que informou que existe uma registro de ameaça feito pela agente penitenciária, porém, não soube precisar se as autoras seriam detentas ou ex-presidiárias da unidade em que ela trabalhava.
Por isso, a corporação não descarta nenhuma linha de investigação por enquanto. Testemunhas já estão sendo ouvidas pelo delegado e as diligências iniciais já estão em andamento pela equipe de policiais.
De acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), Vivian estava lotada no órgão desde 6 de março de 2006, quando ingressou como agente de segurança penitenciária por contrato administrativo.
Armamento
O Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de Minas Gerais (Sindasp-MG) divulgou nota lamentando a morte de Vivian e cobrando um posicionamento do governo de Minas e da Polícia Federal para a liberação do uso de armas na categoria. Eles afirmam que vem cobrando insistentemente das autoridades, desde o inicio do ano, a realização dos TECAFs (curso de treinamento e tiros para o porte de armas para os agentes) de mais de 4,7 mil agentes que já estão em exercício.
Além disso, o sindicato cobra também a liberação para aquisição e registro de armas de fogo para os agentes, que tem sido travado pela Polícia Federal. O presidente do Sindasp, Adeilton Rocha, informou que notificará a Secretaria de Defesa Social e a Superintendência da PF para que medidas sejam tomadas. "Agentes estão morrendo por falta de atitude do Governo, não podemos deixar que isto continue. Os agentes estão em situação de vulnerabilidade, muitos estão sem a única ferramenta para resguardar sua segurança”, alerta.
Atualizada às 18h35