A votação que terminou na noite dessa terça-feira (28), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, com parecer favorável à Lei Orgânica da Polícia Civil foi considerada o primeiro para que o projeto seja aprovado.
De acordo como secretário-geral do Sindicato dos Servidores da corporação em Minas Gerais (Sindpol-MG), Cláudio de Souza Pereira, a categoria espera que outras reivindicações sejam atendidas.
“A categoria reconhece que tivemos alguns avanços, mas a direção vai tentar inserir algumas emendas nas próximas comissões”, explicou Pereira.
Segundo o secretário-geral, itens de grande importância foram aprovados, como a redução do prazo da promoção especial de dez para sete anos, criação de indenização em caso de invalidez ou morte, gratificação por invalidez permanente, inserção de escrivães e investigadores no Conselho Superior de Polícia.
Além disso, foi aprovado o aumento do efetivo da categoria com 3.700 novos cargos de investigador e 1.000 de escrivão.
“Queríamos um aumento de 100%, mas os novos cargos ajudarão a categoria”, explicou Pereira.
Entretanto, alguns pontos foram negados, como cargo comissionado de inspetores, eleição direta para chefe de polícia e a igualdade na modalidade de promoção para os policiais.
Após passar pela Comissão de Administração Pública, nesta quarta-feira (28), o projeto vai para Comissão de Segurança Pública e depois para Comissão de Fiscalização Orçamentária e Financeira.
Mesmo conseguindo avançar na negociação com o governo, policiais civis não pretendem finalizar a greve.
“A greve só vai terminar depois que o projeto for votado pelos deputados e sancionado pelo governador. Enquanto isso não acontece, a categoria vai continuar pressionando”, finalizou Pereira.