Aula

Ataque simulado a parque de BH

Ação foi promovida pela Faculdade de Ciências Médicas, com apoio de Bope, Samu e bombeiros

Por Juliana Siqueira
Publicado em 22 de outubro de 2016 | 03:00
 
 
 
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Ao meio-dia dessa sexta-feira (21), um homem explodiu uma bomba no Parque Municipal Américo Renné Giannetti, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. Ao menos 30 pessoas ficaram feridas e precisaram ser socorridas. Com outro explosivo, ele fez um refém. O Batalhão de Operações Especiais (Bope) foi acionado e equipes de segurança e médica chegaram ao local. Após negociação, o suspeito acabou rendido, e as pessoas foram atendidas.

Apesar de ser apenas uma simulação, o ataque ao parque atraiu centenas de curiosos. O evento foi realizado pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais e contou com a presença de alunos dos cursos de enfermagem, fisioterapia, medicina e psicologia, além de profissionais do Bope, do Corpo de Bombeiros, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e do hospital João XXIII, que receberam treinamento para saber como agir nessas situações de perigo.

“Nós focamos a capacitação dos profissionais para que eles estejam, de fato, preparados para um caso como esse, que pode acontecer a qualquer momento. É necessário que eles saibam classificar as vítimas, priorizar atendimentos e exercitar suas habilidades. Isso é muito importante para a formação dos alunos”, explicou nessa sexta-feira (21) Jaqueline Barata, coordenadora do Núcleo de Ensino da Faculdade Ciências Médicas.

Para que pudessem participar do evento, os alunos da instituição já estavam sendo treinados há alguns meses pelo Corpo de Bombeiros e também pelo Bope. Além disso, os professores deles também acompanharam a simulação, atuando na supervisão e orientando os estudantes sobre os procedimentos a serem tomados no local.

“Foram 30 pessoas representando vítimas, algumas com ferimentos, que são graves e outras com ferimentos mais superficiais. Uma ação como essa permite que os alunos vivenciem situações que vão além daquilo que eles veem nas salas de aula”, pontuou Jaqueline.

Para que houvesse ainda mais realismo no trabalho, todas as pessoas que representaram as vítimas foram preparadas, pela manhã, por uma empresa que é especializada em maquiagem de trauma.

Relevância. De acordo com o tenente Paulo Matos, subcomandante do Esquadrão Antibombas do Bope, um evento assim é de grande importância.

“Medimos a capacidade de respostas dos órgãos envolvidos na operação em situações de emergência”, disse, acrescentando que situações como essa contribuem para aprimorar o tempo de socorro às pessoas que são vítimas de atentados nesses moldes.

Já o tenente do Corpo de Bombeiros, Leonardo Piekarz, destacou que esses eventos são importantes para despertar a reação dos profissionais em situações de pânico.

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