Ativistas independentes e protetores dos animais foram impedidos de protestar na manhã deste domingo (12). Cerca de 30 pessoas, com cartazes e megafone, pretendiam chamar a atenção para a venda irregular de animais no Mercado Central de Belo Horizonte, que neste domingo realiza a "Corrida e Caminhada do Mercado Central", em comemoração aos 87 anos de fundação.
Conforme o veterinário Gilson Dias Rodrigues, enquanto faziam a concentração na praça Raul Soares, eles foram informados pela Polícia Militar de um ofício da Secretaria de Plantão de Habeas Corpus e Medidas Urgentes da Comarca de Belo Horizonte (Nº 1125/2016) que impedia o ato. "O documento foi expedido na última sexta-feira (10), mas nós só fomos avisados de última hora, agora, na hora do protesto", reclamou.
A venda de animais no Mercado Central, além de maus tratos para as espécies, representa um risco para a saúde pública, segundo o veterinário. "O Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Riispoa), no artigo 35, diz que é proibida a comercialização de leite e seus derivados em local que há mau cheiro. No Mercado tem animal; se tem animal, tem fezes, e, consequentemente, mau cheiro. Os animais, ali, estão frequentemente doentes, com Cinomose (diarreia)", denunciou Rodrigues.
Apesar de indignados, os manifestantes consultaram seus advogados e decidiram obedecer a decisão judicial.
Nossa reportagem entrou em contato com a Sala de Imprensa da Polícia Militar e ainda com a 6ª companhia do 1º batalhão, responsável pela área, mas não conseguiu confirmar a emissão do ofício que impedia a manifestação.
O defensores dos animais, no entanto, enviaram foto do documento e vídeo do momento em que foram notificados pelos militares.
Confira:
FOTO: Webrepórter: Caio Diogo |
Atualizada às 11h20