Um estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de Minas Gerais (Ibape-MG) constatou que seis viadutos de Belo Horizonte apresentam pelo menos 21 tipos de problemas estruturais. A pesquisa foi feita entre os dias 11 e 16 de junho, quando quatro engenheiros da instituição visitaram as construções. Apesar dos problemas, nenhuma das edificações corre risco de queda e apresentam apenas problemas de falta de manutenção, como desprendimento de concreto, corrosões, rachaduras e pavimentação danificada.
Realizada 22 dias antes da queda de uma das alças do viaduto Batalha dos Guararapes, na avenida Pedro I, na região da Pampulha, a pesquisa verificou as condições estruturais dos viadutos Santa Tereza, Pedro Aguinaldo Fulgêncio e Floresta, na região Leste, Engenheiro Andrade Pinto, na região do Barreiro, Helena Greco – antigo Castelo Branco –, na região Central, e Complexo da Lagoinha, na região Noroeste.
Segundo o vice-presidente do Ibape-MG, Clémenceau Chiabi, os elevados que mais apresentam risco para veículos e pedestres são o Santa Tereza e o Engenheiro Andrade Pinto, nos quais foram diagnosticadas dez tipos de anomalias, como desprendimento de pilares e lixo no sistema de drenagem.
Chiabi também afirmou que é necessária a adoção de uma política de prevenção destas estruturas, com vistorias e manutenções periódicas. Após o acidente na Pedro I, o Ibape enviou o estudo para a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) e pediu a elaboração de um plano de manutenção para cada uma das estruturas vistoriadas.
A Sudecap informou que a elaboração do diagnóstico e do projeto de manutenção dos viadutos está sendo feita por a empresa especializada, e que a limpeza das estruturas é realizada rotineiramente pelas secretarias regionais.
Pedro I. A liberação do trânsito na avenida Pedro I, na região onde uma alça do viaduto Batalha dos Guararapes desabou, pode acontecer até neste sábado. Na manhã desta quinta, a Defesa Civil municipal afirmou estar “bastante otimista” quanto ao retorno do tráfego ainda nesta semana.
Para que isso aconteça, o órgão aguarda ainda a finalização do trabalho de escoramento da alça do viaduto que não caiu, a sinalização do pavimento da avenida, a lavagem da via e a preservação do local de segurança para o trabalho dos peritos da Polícia Civil.