Serão necessários dois anos para todos os 2.117 agentes da Guarda Municipal (GM) de Belo Horizonte estarem capacitados e poderem usar armas de fogo durante o trabalho. O treinamento da primeira turma de 99 guardas, que teve início na segunda-feira (18), foi acompanhado pela imprensa nesta terça-feira (19).
Ao todo, serão 24 turmas que passarão pela capacitação que tem duração de 30 dias. "O processo é muito sério, tem um exame psicológico muito rígido e uma carga horária pesada. Cada guarda vai atirar 600 vezes, que é o número recomendado pela Secretaria Municipal de Segurança Pública. São oito horas diárias de segunda a sábado. Ao final, os agentes passam por uma nova avaliação e, só depois dela, ganham o porte de arma", explica o comandante da corporação Rodrigo Sérgio Prates.
À medida que o curso for concluído, os agentes já poderão empregar a arma de fogo na rotina de trabalho. A capacitação envolve, além do curso teórico, aulas de manuseio de armas, técnica operacional, treinamento de uso progressivo de força e, paralelamente, a prática de tiros. "Isso vai garantir à população, ao ver o guarda armado, que por trás daquele equipamento tem um agente altamente capacitado", alega.
Da primeira turma de 100 agentes, somente um deles não foi aprovado no exame psicológico. Os reprovados poderão, em outra oportunidade, passar por novos testes. Atualmente, a Guarda Municipal conta com 400 armas e os aprovados serão deslocados para áreas de riscos.
“A intenção é que todo o município tenha a guarda armada. Porém, vamos começar em áreas que os estudos apontaram ser de maior necessidade o uso do armamento. Não vamos divulgar até mesmo para não expor o guarda que portará a arma”, disse o comandante.
Os guardas que passarem por todas as fases do treinamento poderão ter arma particular. Além disso, a taser, arma que emite ondas de choques elétricos, continuam a ser utilizadas normalmente.
A expectativa é que os primeiros agentes estejam portando o armamento institucional até o fim de março.