Comerciantes de Itabira recebem toque de recolher pelo WhatsApp

Comerciantes dos bairros Bela Vista e Nova Vista, da cidade de Itabira, na Central do Estado, foram comunicados, pelo aplicativo de celular WhatsApp, sobre um toque de recolher. A mensagem, produzida em áudio, exigia que os trabalhadores permanecessem com as portas fechadas no período da manhã deste domingo (11).

A medida teria sido tomada por criminosos de uma gangue que atua nos dois bairros. Os bandidos estariam atuando em represália, segundo a Polícia Militar (PM), a um tiroteio ocorrido na última sexta-feira (9) que resultou na morte de dois homens e que terminou com outros dois feridos.

A mensagem enviada nesse sábado (10) para os celulares dos comerciantes exigiam que as portas permanecessem abaixadas até o 12h deste domingo. Caso contrário, o autor do áudio iria passar atirando contra os comércios da região que estivessem abertos.

Mesmo apreensivos, ainda segundo a PM, os trabalhadores abriram as portas na manhã deste domingo. O policiamento nesses dois bairros foi intensificado para tranquilizar os moradores.

Outro grupo da polícia atua para tentar identificar quem seria o autor das ameaças.

Entenda o que motivou o toque de recolher

Na última sexta, por volta de 16h55, quatro homens, que pertencem a uma gangue da região, foram baleados em uma das ruas do bairro Nova Vista. Os atiradores estavam dentro de um Citroën prata.

Após os disparos, os quatro homens ficaram caídos sobre o asfalto. A polícia foi acionada, mas, no local, M.V.A.M, de 19 anos, conhecido como 'Macarrão',  já estava sem vida.

O amigo dele identificado como J.F.C.V, de 21, conhecido como Jotinha, foi socorrido para o Pronto-socorro da cidade, mas já estava morto ao dar entrada na unidade de saúde.

O irmão dele R.F.C.V, de 20, que foi atingido por três tiros no peito, foi socorrido em estado grave para a mesma unidade de saúde. Posteriormente, devido a gravidade dos ferimentos, ele foi transferido para o hospital da cidade.

Já o quarto baleado identificado como T.C.L, de 29 anos, foi atingido na coxa e não corre risco de morrer. 

Todos os quatro baleados já tem passagem pela polícia por tráfico de drogas. Os suspeitos de terem atirado contra eles não foram identificados.