A coordenadora-geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT) de Minas Gerais, Beatriz Cerqueira, revelou que, caso necessário, a entidade sindical pode pagar a multa de R$ 250 mil dos metroviários. O valor foi estipulado pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) ao Sindicato dos Metroviários (Sindimetro-MG) caso o metrô de Belo Horizonte não funcione em escala mínima nesta sexta.
A decisão do TRT é uma resposta aos metroviários que decidiram parar totalmente os serviços em apoio à greve geral nacional contra as reformas trabalhistas e previdenciária do governo Temer.
A liminar foi deferida pelo 1º vice presidente do TRT, desembargador Ricardo Antônio Mohallem, e atende o pedido que foi ajuizado ainda na terça-feira pela gerência jurídica da CBTU.
Nesta quarta, o tribunal divulgou a liminar, determinando o funcionamento de no mínimo 80% dos trens nos horários de pico e 60% nos demais horários. Além disso, o desembargador estabeleceu a multa em caso de descumprimento da decisão.
Além dos metroviários, outras categorias de servidores municipais e particulares também aderiram a paralisação.
"Será uma greve geral, então é importante entender que o que nos interessa é apenas a paralisação dos trabalhadores, não estamos preocupados com número de pessoas que estará nas ruas. Até porque o transporte público será paralisado e não haverão caravanas do interior para cá. Teremos ações em todas as regiões do Estado", explicou Beatriz.
A coordenadora da CUT-MG ainda requisitou que os trabalhadores que não comparecer ao trabalho, vá as ruas para manifestar e ajudar dar força ao movimento. "Pedimos a todos os trabalhadores que, no dia 28, não viagem, não vá ao cinema, a manicure, ao bar, ao mercado. Não podemos crise situações em que outro trabalhador terá que entrar em ação. Vamos parar tudo", pediu.
Saiba mais
Ainda faltam mais de três dias para a greve geral programada por entidades sindicais de todo o Brasil para a próxima sexta-feira (28) e a previsão é de que diversos serviços públicos e privados serão afetados em Belo Horizonte pela paralisação.
Os motoristas e cobradores de ônibus e funcionários do metrô já anunciaram que irão aderir ao movimento contra as reformas trabalhista e da previdência.
A reportagem de O TEMPO fez um levantamento com os principais sindicatos e fez uma lista com quais serviços deverão ser afetados. Confira, clicando aqui.