Nove processos judiciais de desapropriações impedem que a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) conclua a retirada de 98% do esgoto que é jogado na lagoa da Pampulha atualmente. Falta terminar a intervenção em apenas quatro quilômetros da rede localizada em Contagem, na região metropolitana. A previsão era concluir as obras neste mês, mas, diante do impasse, não há uma nova previsão.
Conforme a Copasa, a despoluição da lagoa compreende a implantação de cerca de 100 km de redes coletoras e interceptoras e a construção de nove estações elevatórias de esgoto nos bairros situados ao longo da bacia da Pampulha, em Belo Horizonte e em Contagem. “Dos 100 km, estão faltando apenas esses quatro quilômetros que dependem da conclusão dos processos judiciais”, informou a companhia em nota.
Enquanto isso, a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) está concluindo o desassoreamento da lagoa. Até o momento foram retirados aproximadamente 791 mil m³ de resíduos – 99% do total. Os trabalhos devem ser finalizados até o fim deste ano. O investimento foi de cerca de R$ 108,5 milhões.
Somente após a entrega da obra da Copasa será iniciado o tratamento de choque no espelho-d’água da lagoa. O procedimento foi licitado em julho de 2013. Em um período de dez meses, a empresa vencedora tratará a água por meio da oxigenação da água e da inserção de micro-organismos. A previsão é que a lagoa esteja plenamente limpa no fim do próximo ano. (JS)