O corpo encontrado dentro do carro de Nancy Ferreira, de 64 anos, proprietária de uma casa noturna de São Sebastião do Paraíso, no Sul de Minas, passará por exames do Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte, nesta terça-feira (28), para comprovar se é da mulher, sequestrada após um roubo na boate.
No fim da noite de domingo (26), a Polícia Militar foi acionada na “Top Sertanejo”, em uma chácara do bairro Alto Bela Vista, pela sócia de Nancy, uma mulher de 52 anos. Conforme consta no boletim de ocorrência da corporação, a vítima contou que quatro homens encapuzados entraram pelos fundos do imóvel com armas longas e curtas.
Agressivos, os bandidos agrediram a vítima e uma jovem de 26 anos enquanto perguntavam por Nancy. Em seguida, dois dos criminosos foram em direção ao quarto da idosa, dando a entender, segundo as amigas dela, que já conheciam o cômodo.
Lá, a mulher foi acordada, arrastada pela chácara e agredida com socos. Enquanto a seguravam pelos braços, os homens exigiam a chave do carro dela. Nancy foi colocada no porta-malas do veículo e o grupo fugiu levando celulares das outras duas mulheres. No entanto, um aparelho telefônico ficou na boate, o que facilitou o acionamento dos militares.
Na manhã dessa segunda (27), o carro, identificado apenas pela placa, foi encontrado em uma estrada de terra que liga o loteamento Alto Paraíso ao residencial Nascente do Paraíso. A chave estava no porta-malas e, ao abrir o espaço, policiais encontraram um corpo carbonizado.
Autoria e motivação do crime ainda são desconhecidas.
Execução
A investigação do caso está a cargo do delegado Tiago Bordini, que já colheu depoimentos das pessoas que estavam na chácara no momento em que a mulher foi sequestrada. “Trabalhamos com a hipótese de execução, uma vez que os homens tinham a Nancy como o alvo. No entanto, não temos o motivo. A família dela também foi ouvida e disse que ela não estava sendo ameaçada”, contou o policial.
Durante os dois meses de funcionamento sob a direção das mulheres, algumas ocorrências de brigas foram registradas no espaço de diversão, conforme o delegado.
A polícia colheu sangue de uma das filhas da vítima. O material genético e os restos mortais foram encaminhados ao setor de antropologia forense e ao setor de criminalística para exames periciais. A prazo médico do resultado, segundo a assessoria da corporação, é de 30 dias.
Atualizada às 13h10