Ladrões de merenda

Dupla invade escola de Contagem para furtar xerox e 65 kg de carnes

De acordo com a direção da Escola Municipal Heitor Villa-Lobos, esta é a terceira vez que a escola é invadida somente em outubro; a copiadora e os alimentos da merenda dos alunos foram recuperados

Por JOSÉ VÍTOR CAMILO
Publicado em 13 de outubro de 2016 | 10:07
 
 
 
normal

Guardas municipais de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, conseguiram evitar que uma escola do bairro Inconfidentes fosse furtada pela terceira vez somente neste mês de outubro, na madrugada desta quinta-feira (13). A corporação prendeu dois suspeitos que tentavam sair da Escola Municipal Heitor-Villa Lobos levando uma copiadora, um ventilador, pacotes de canjica e cerca de 65 kg de carne que seriam usadas na merenda dos alunos da instituição.

De acordo com o guarda municipal Augusto Gomes, eles foram acionados por moradores do bairro por volta de 1h que avisaram que dois suspeitos haviam invadido a escola. "Quando chegamos eles já estavam na porta com a copiadora na mão. Para entrar eles quebraram um cadeado e uma vidraça, tendo acesso à sala de informática onde pegaram o eletrônico, e, em seguida, arrombaram o freezer da cantina", lembra o agente.

Os suspeitos, que tem 29 e 41 anos, pegaram cerca de 65 kg em carnes de boi, peixe e frango, que foram armazenados em caixas de isopor da instituição, além de uma grande quantidade de pacotes de canjica. "Por ser o terceiro furto na escola neste mês, já estava sendo feita patrulha na região. Por isso conseguimos chegar rapidamente e prendê-los", contou o guarda Augusto Gomes.

Da dupla, somente o suspeito mais novo tinha passagens policiais por furto e roubo.

Escola já teve prejuízo de R$ 5 mil

A diretora da Escola Municipal Heitor Villa-Lobos, Regina Mendes Barbosa Silva, conta que a instituição foi arrombada na semana passada e, também, no último domingo (9). "Na primeira vez levaram dois bebedouro e tentaram sem sucesso arrombar o freezer das carnes. No domingo conseguiram levar três computadores e uma impressora, totalizando nestas duas primeiras ocorrências um prejuízo de cerca de R$ 5 mil", conta.

Desta vez, os bandidos levavam a copiadora, avaliada em cerca de R$ 4 mil, que pertence à Fundação de Ensino de Contagem (Funec), que também funciona no local. "Disseram que venderiam ela por R$ 400 e que a carne seria para fazer um churrasquinho para as crianças da favela. Eram moradores de rua e estavam bem drogados pelo que vi na delegacia. O alvo deles é mais alimentos e botijão de gás, que trocam por pedras de crack", lembra a diretora.

Como parte dos produtos de furto serem alimentos perecíveis, Regina conseguiu a liberação dos produtos durante a madrugada. "Eles ajudaram um pouco, já que colocaram elas em caixas de isopor e conservaram tudo congelado", brinca.

Após o primeiro furto, a direção da escola colocou novas grades na instituição, que já conta com cerca de concertina e alarme com sensor de presença. "Só que em nenhuma das vezes o alarme disparou. Hoje (quinta-feira) os suspeitos só foram presos porque os vizinhos viram os ladrões entrando", finalizou a diretora.  

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!