Carnaval

Guarda Municipal treina para conter crimes contra mulheres no Carnaval

O treinamento detalhou as principais violências sofridas pelas mulheres, LGBTs, crianças, adolescentes e jovens da cidade

Por Raquel Penaforte
Publicado em 01 de fevereiro de 2018 | 13:36
 
 
 
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Na tentativa de conter os crimes de abusos sexuais e de violência sofridos por mulheres, jovens e pela população LGBT, cerca de 80 agentes da Guarda Municipal de Belo Horizonte passaram por um treinamento intensivo na última terça-feira (30) com foco na prevenção durante o período de Carnaval.

O treinamento, que foi promovido pela Secretaria Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania (SMASAC), teve como objetivo orientar os guardas sobre procedimentos a serem tomados em situações deste tipo, além da apresentação da legislação específica e dos órgão competentes a serem acionados.

Segundo a assessoria da SMASAC, o treinamento detalhou as principais violências sofridas pelas mulheres, LGBTs, crianças, adolescentes e jovens da cidade. Ainda conforme o órgão, durante o evento, estarão presentes, além dos guardas municipais, técnicos da Secretaria Municipal de Segurança Pública e Prevenção.

A diretora de Políticas para as Mulheres da Secretaria Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania, Viviane Moreira, destacou a importância das orientações à segurança pública. “Queremos garantir que todos tenham o direito de brincar o Carnaval com respeito e sem violência”, comenta.

 

Não é não


“Não é não”


A partir de uma campanha de financiamento coletivo, quatro mil tatuagens temporárias com os dizeres  “Não é Não” chegaram a Belo Horizonte na semana passada e já estão sendo distribuídas nos blocos de ensaios de carnaval que acontecem na cidade para mostrar que desrespeitar a vontade de uma mulher é crime de abuso e violência.

A ideia surgiu no Rio de Janeiro (RJ), mas veio para Minas Gerais por iniciativa da artesã Luiza Alana. “O Não é Não é hoje um coletivo de mulheres, e todo o trabalho é voluntário. O dinheiro arrecadado é para produção e distribuição do material”, conta.

Luiza conta ainda que a aceitação da tatuagem tem sido muito boa, inclusive pelos homens. “Muitos (homens) acham a iniciativa muito bacana e criticam o comportamentos de alguns. Mas ainda precisamos explicar a alguns o porquê de não distribuir as tatuagens a eles, mas entendo que estamos todos em processo de aprendizado e desconstrução.Com diálogo geralmente conseguimos passar nossa mensagem e ter mais apoio”, diz.
 

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