O delegado Tito Barichello informou nesta terça-feira (15) que os investigadores da 3º Delegacia de Polícia de Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, já voltaram de São Paulo. Eles foram para lá para pegar dados sobre um suposto caso de tráfico de bebê por um casal que mora na capital paulista e tem uma casa em Betim. “Os policiais foram até à maternidade, ao cartório e encontraram os registros da criança. Entretanto, não conseguimos a gravação no hospital porque ela já foi apagada, e o parto ocorreu há cinco meses”, disse.
Entretanto, segundo o delegado, a investigação vai continuar. “O denunciante, que é do mesmo meio social do casal suspeito, disse que a mulher, que já tem 46 anos, não entrou com pedido de licença-maternidade. São informações que ainda precisam ser esclarecidas. Por isso, ainda não intimamos o casal para depor. Quando tivermos provas mais concretas, aí sim, vamos fazer isso”, explicou.
Caso Hospital Regional
O delegado entrou com o pedido da quebra dos sigilos telefônicos e bancários dos seis indiciados do caso do tráfico de criança, descoberto no Hospital Regional de Betim, no mês passado, nesta terça-feira (15). “Demoramos um pouco com esse pedido porque tínhamos que escolher bem os números dos telefones. Mas podemos afirmar que há muitas ligações entre os seis indiciados”, afimrou Barichello.
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Federal responsável pelo tráfico de pessoas confirmou que haverá uma audiência pública em Betim sobre o tema no próximo dia 24.
Eliane Azzi e seu marido, Alexandre Azzi, Selena Castiel, mulher apontada como a receptadora do bebê, e Cláudia Giani, ex-funcionária pública e irmã de Eliane, foram convocados a comparecer. A mãe biológica da criança, Janaína Carvalho, foi convidada.