Orla da Lagoa

Moradores de Lagoa Santa denunciam descaso com capivaras

Na última semana, imagens de uma capivara morta foram postadas no Facebook e também de outro animal com uma braçadeira de metal presa em seu corpo

Por Natália Oliveira
Publicado em 27 de março de 2017 | 18:29
 
 
 
normal

Os moradores de Lagoa Santa, na região metropolitana de Belo Horizonte, estão denunciando maus-tratos e morte de capivaras que vivem na orla da lagoa da cidade. Na última semana, imagens de uma capivara morta foram postadas no Facebook e também de outro animal com uma braçadeira de metal presa em seu corpo.

O Grupo de Proteção e Apoio aos Animais (Gapa) em Lagoa Santa passou alguns dias procurando a capivara com a braçadeira de metal que acabou desaparecendo por alguns dias. “As capivaras são muito mansinhas , mas não são bem cuidadas, elas acabam ficando jogadas e com esses problemas”, afirma Elaine Rodrigues, membro do Gapa.

O Gapa fez fotos da capivara que ficou com a capivara presa ao corpo, nas imagens é possível ver que o corpo da capivara estava bastante ferido. Segundo Elaine, o Corpo de Bombeiros foi acionado para retirar o objeto da capivara.

Na última quinta-feira (23), um animal foi encontrado morto na orla da lagoa da cidade. Ainda não se sabe o que levou ao óbito do animal. As fotos geraram revolta nos moradores da cidade que reclamaram de descaso com os animais.

O que diz a prefeitura

A prefeitura de Lagoa Santa informou, por meio da assessoria de imprensa, que não ficou sabendo sobre a morte de capivara e quanto a braçadeira a prefeitura informou que não cabe ao executivo resolver o prblema. “Quando há uma situação de sofrimento animal, a orientação é acionar os órgãos responsáveis como a Polícia Militar de Meio Ambiente e o Corpo de Bombeiros que realizará a operação de resgate e reabilitação do animal seguindo a legislação e os procedimentos específicos”, diz a nota da prefeitur.

Sobre a morte do animal a prefeitura afirma que cuida para que as capivaras não desenvolvam doenças. “A Secretaria Municipal de Saúde ressalta que nos últimos oito anos nenhum caso de febre maculosa foi registrado em Lagoa Santa. E que tem feito o acompanhamento sistemático dos possíveis casos de doenças infecto contagiosas cujo hospedeiro seja um animal”, escreveu a prefeitura.

Ainda segundo a prefeitura, o setor de zoonoses é responsável “pelo controle de doenças que podem ser transmitidas de animais para seres humanos e na prevenção de epidemias, bem como controlar as doenças transmitidas por vetores e dos agravos  provocados por animais peçonhentos e não é de sua competência, resgatar, ou fazer a captura de animais deste porte”, diz a nota.

De acordo com o setor de Vigilância em Saúde, as capivaras, por si só, não representam risco à população. No entanto, as capivaras, assim como, animais próximos ao nosso convívio, como cachorros e cavalos, que também circulam livremente pela orla da lagoa, podem ser hospedeiros da bactéria (Rickettsia rickettsii) causadora da febre maculosa e do carrapato-estrela (Amblyomma cajennense), que pode transmitir a bactéria ao ser humano.

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!