Uma mulher de 35 anos morreu infectada pelo vírus da gripe H1N1, em Poços de Caldas, no Sul de Minas, de acordo com a família. A vítima ficou mais de dois meses internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas não resistiu aos danos causados ao seu pulmão e faleceu na manhã dessa sexta-feira (22).
De acordo com uma tia de Eliane Cristina Guerra, que preferiu ter a identidade preservada, o diagnóstico correto demoro a ser encontrado. “Ela veio ficando resfriada e foi para UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) três vezes e eles não diagnosticaram, mandaram para casa. Na terceira vez, ela saiu de lá e foi no Hospital Santa Lúcia, onde a minha irmã pagou uma consulta para ela ser atendida imediatamente. Lá ela foi diagnosticada e encaminhada para a UTI pelo SUS. Foi muito bem cuidada e internou em estado gravíssimo”, lembrou.
Elaine chegou a ficar em isolamento e passou um mês em coma induzido. Ela até chegou a apresentar uma certa melhora e quando conseguia se comunicar, sorria, mas não resistiu. Segundo a tia da vítima, ela passou por exames e durante o período da internação foi confirmado que se tratava do vírus H1N1.
A mulher, que trabalhava como auxiliar de contabilidade, deixa uma filha de 18 anos. “Ela era muito alegre, muito amada”, emocionou-se a tia. Elaine, que é natural da cidade, foi enterrada no Cemitério Saudade, nesse sábado (23).
O Hospital Santa Lúcia foi procurado pela reportagem de O TEMPO, mas ninguém foi encontrado para comentar o assunto. A assessoria da prefeitura confirmou o óbito por H1N1 e disse que esta foi o primeira morte da doença na cidade. Segundo a secretária municipal de Saúde, Fátima Livorato, foram notificados 20 casos de síndrome respiratória aguda grave, e destes, seis tiveram a confirmação de H1N1, incluindo a Elaine.
"Nós temos plantão da vigilância epidemiológica municipal 24 horas. E, em todos os casos, é acionada imediatamente para fazer a coleta para exame. O município disponibiliza hoje a medicação para o tratamento em todas as unidades", esclareceu. Segundo ela, o quadro de Elaine evoluiu muito rápido, mesmo com todo o cuidado direcionado para ela.
Já a Secretaria de Estado de Saúde (SES) não confirma a morte na cidade, mas informou que os dados são atualizados semanalmente, o quer dizer que esta fatalidade ainda será contabilizada. Ainda, segundo a SES, em 2014 foram 22 casos da doença registrados e dez óbitos.
Atualizada às 10h29 do dia 25 de agosto de 2014