Palestrantes falam sobre mobilidade urbana e economia criativa

Após intenso debate na manhã desta terça-feira (24), o Seminário BH Melhor para Viver segue com sua programação da tarde no Hotel Ouro Minas, em Belo Horizonte. O evento tem por objetivo discutir ideias para melhorar a capital e torná-la uma cidade mais sustentável e inclusiva.

O gestor da MYR Projetos Sustentáveis, Sérgio Myssior, abriu o ciclo de palestras. Ele destacou dados sobre temas preocupantes na capital, como desperdício de água, déficit habitacional, destinação adequada de resíduos sólidos, drenagem do solo, redução de gases atmosféricos, mobilidade urbana etc.

"Somos um país predominantemente urbano. Segundo dados do IBGE, 98% das pessoas vivem na cidade. O que temos que pensar é de que forma esses municípios estão sendo ocupados. Hoje, das cem maiores cidades do Brasil, apenas 41% delas têm tratamento de esgoto. Além disso, embora BH se destaque na gestão de resíduos sólidos, ainda é preocupante a destinação dada a eles. Mais de 40% de lixo e entulho não tem a destinação correta", alertou  Myssior.

Na sequência, Ana Carla Fonseca, doutora em urbanismo pela USP, desenvolveu o tema "Economia criativa e cidades criativas: novos eixos de desenvolvimento". "Infelizmente, muito se investe em tecnologia e, pouco, em pessoas. Mas como atrair e manter esse trabalho criativo em BH? Como achar um bom modelo e replicá-lo? É preciso unir tecnologia e talento, trabalhar a cidade como mosaico de vocações e desenhar algo mais criativo", frisou a palestrante.

Neste momento, Christiane Guilherme Bretas, diretora da Gestão de Atenção à Saúde da Unimed-BH, fala sobre o tema "BH do futuro: a importância de pensar no envelhecimento". Em seguida, Alejandro Castañé, sócio e consultor da Garimpo de Soluções ministrará a palestra "Inteligência coletiva e governanças urbanas: redesenhando a cidade".

Veja o vídeo:

O evento, realizado pelos jornais Super Notícia e O TEMPO, com o patrocínio da Câmara de Belo Horizonte, segue até as 18h, reunindo autoridades políticas, empresarias, além da sociedade civil.