A Polícia Civil de Monte Alegre de Minas, no Triângulo Mineiro, prendeu um casal que abusaria sexualmente de uma adolescente de 13 anos. A vítima é filha da suspeita e enteada do homem, que pediu para estuprar a menina porque nunca havia mantido contato com uma virgem. As prisões aconteceram na última sexta-feira (24).
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Luiz Antônio Minas, a corporação chegou até o caso após denúncias de um familiar. “No fim de dezembro, um parente procurou a delegacia e contou o que estava acontecendo. Depois de mais de 20 dias de investigação, conseguimos fazer a prisão dos suspeitos”, explicou o delegado.
Os estupros aconteciam na casa em que a família vivia, na zona rural da cidade. Além de Antônio Rodrigues Pacheco, de 32 anos, de Silvana Aparecido dos Santos, de 41, e da menor, também vivia no imóvel um outro filho da mulher de 14 anos. Ele não sabia que a irmã era abusada.
“Segundo a vítima, os abusos por parte do padrasto começaram há dois anos. A mãe descobriu, mas também começou a participar dos atos. No princípio, a menina era ameaçada e orientada a não contar o caso para ninguém. Depois de algum tempo, ela começou a acreditar que a situação era normal de acontecer em qualquer família”, explicou Minas.
Quando chegaram ao imóvel, os policiais, junto com o Conselho Tutelar, conversaram com a menor. Segundo a vítima, na noite anterior, ela foi estuprada, mas a mãe não teria participado. A mulher deixou os dois no quarto e fechou a porta. Já o irmão, para não perceber o que estava acontecendo, recebeu ordens para fazer serviços na parte externa da fazenda.
Na casa foram encontrados materiais pornográficos, como revistas e DVDs, e um celular de homem com fotos da menina nua. O casal confessou o abuso e não resistiu à prisão. Pacheco e Silvana foram levados para o presídio da cidade. Os adolescentes foram entregues a parentes.
“O homem vai responder por estupro de vulnerável e, caso seja condenado, pode pegar até 15 anos de prisão. A mãe, a princípio, vai responder por corrupção de menores, que tem pena de, no máximo, cinco anos. No entanto, durante o processo, ela também pode responder por estupro”, finalizou o delegado.