Engenheiros de trânsito ouvidos pela reportagem apontam outras questões que deveriam ser incluídas no projeto do BRT de Belo Horizonte para melhorar o atendimento da população. Segundo o gerente de políticas públicas do Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento, Pedro Torres, em todo o mundo, cidades integram o transporte feito com bicicleta aos projetos de mobilidade.
“Belo Horizonte tem várias ciclovias, mas o projeto do BRT não me parece integrado a essas vias. É essencial considerar que as pessoas poderão querer chegar de bicicleta ao trabalho, levadas no ônibus”, diz.
Já o engenheiro de transportes da Universidade Federal de Minas Gerais Nilson Tadeu Nunes destaca a permanência das linhas radiais, aquelas que não vão circular nas pistas do BRT. “Se a circulação de ônibus nas vias vai continuar, é porque o BRT não comporta toda a demanda”. (IL)