Uma semana depois de prender 12 flanelinhas que atuavam na região da Savassi e outros sete no entorno do Minas Centro e da praça da Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem, a Polícia Militar (PM) realizou mais uma operação em conjunto com a prefeitura para coibir a ação dos “olhadores de carro” na região Centro-Sul de Belo Horizonte.
Dessa vez, os militares e fiscais da administração municipal percorreram as principais vias dos bairros Funcionários e Santa Efigênia. Ao todo, nesta quarta-feira (23), foram presos 16 flanelinhas.
Eles não possuíam o cadastro da prefeitura para o exercício da atividade. Os homens são suspeitos de extorsão, pois exigiam dos motoristas o pagamento antecipado para liberar as vagas de estacionamento. Além disso, alguns flanelinhas cometiam furtos nos locais onde “guardavam” as vagas.
De acordo com o tenente André Braga, da 3ª Cia. do 1º Batalhão da PM, as avenidas Brasil e Getúlio Vargas são as vias principais no bairro Funcionários onde os flanelinhas cometiam os crimes. No Santa Efigênia, o entorno da praça Floriano Peixoto era o ponto onde eles se concentravam.
“Essa operação é desdobramento dessa interação entre a comunidade, que denuncia a atividade ilegal desses flanelinhas, e os militares com o apoio da prefeitura. Hoje prendemos mais 16 flanelinhas, mas certamente vamos continuar com outras operações nos próximos dias”, ressaltou o tenente.
Todos os presos foram encaminhados para a Central de Flagrantes (Ceflan) da Polícia Civil, no bairro Floresta.
Participaram da operação nesta quarta 15 policiais, que contaram com o apoio de seis viaturas da PM e de três veículos da prefeitura.
Flanelinhas cadastrados
Mesmo os flanelinhas credenciados pela prefeitura não podem fazer cobranças aos motoristas. A PM orienta o condutor que for prejudicado a anotar o número de identificação, presente no colete usado por eles, e denunciar a situação à polícia e registrar um boletim de ocorrência.
Segundo a prefeitura, aproximadamente 1.100 flanelinhas estão cadastrados na capital.