Os três policiais da equipe de Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam) que mataram quatro criminosos na noite da última sexta-feira (17), em Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte, agiram em legítima defesa durante uma ação no bairro Vila Esportiva para combater o tráfico de drogas.
A informação é do tenente-coronel Glaucio Porto Alves que divulgou, nesta segunda (20), durante uma entrevista coletiva, o resultado dos trabalhos da perícia e da Corregedoria da Polícia Militar (PM).
“A ação foi legal. Em legítima defesa. Os suspeitos armados não obedeceram o comando dos militares durante a fuga no aglomerado e atiraram contra eles. Os policiais, para defenderam suas próprias vidas, tiveram que revidar”, explicou Alves.
Os bandidos foram socorridos pelos militares e levados ao Hospital Risoleta Neves, na região de Venda Nova, em Belo Horizonte, mas não resistiram aos ferimentos e faleceram no local.
Por causa das mortes, os policiais só foram liberados pela corporação no sábado (18), por meio de um alvará de soltura expedido por um juiz militar. O caso foi encaminhado para o Tribunal de Justiça Militar do Estado de Minas Gerais (TJMMG), mas os policiais podem trabalhar enquanto aguardam o julgamento.
“Eles continuam trabalhando. Quando os militares passam por uma situação como essa, eles são submetidos a um procedimento com nosso psicólogo para verificar se aquela circunstância pode ter abalado algum deles para uma próxima intervenção”, disse Alves.
O tenente-coronel ainda confirmou que os quatro homens mortos traficavam drogas e armas em Vespasiano. “Nós temos informações, inclusive de registros policiais, que todos estão envolvidos com a prática de tráfico de drogas no local. Três deles já têm passagens pela polícia e um quarto suspeito é conhecido como 'olheiro do tráfico'. Os próprios populares já disseram que eles estão intimamente ligados com o tráfico”, concluiu.