O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB) assumiu, na manhã desta terça-feira (31), que a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) sabia há algumas semanas do problema no viaduto A (Gil Nogueira), sobre a avenida Pedro I, que apresentou um desnível de 2,5 cm devido a problemas nas molas de borracha que dão sustentação à estrutura, e garantiu que a população não pagará pelo gasto com a reforma
"Houve um problema que a Consol, que projetou o viaduto, disse que foi na execução e que a Cowan, que executou, alega que foi no projeto. Agora faremos uma perícia para identificar o responsável pelo erro. O gasto, que será de R$ 100 a R$ 200 mil, será ressarcido pelo responsável. A população não pagará pela reforma de um viaduto novo", disse o chefe do executivo municipal.
O depoimento do prefeito ocorreu na Câmara Municipal de Belo Horizonte, onde ele participou de uma reunião e apresentou o balanço da gestão 2014. "Perícias feitas por técnicos nossos e independentes descartam o risco de queda por enquanto. A população não precisa ter medo", finalizou.
Uma perícia feita pelo Corpo de Bombeiros na manhã desta terça-feira também descartou qualquer possibilidade de queda iminente do viaduto. Funcionários da Cowan já iniciaram os trabalhos e montam andaimes para reforçar a estrutura que apresentou problemas.
As obras da reforma no viaduto, que precisará ser interditado, terão início à meia-noite de sexta-feira (3) e perdurarão até a meia-noite de domingo (5).
CPI
Mais cedo, durante a reunião com os vereadores, o prefeito chegou a afirmar que uma CPI em relação aos problemas em viadutos da capital seria bem-vinda, no entanto, afirmou que ela prejudicaria a população.
"Em relação à CPI a prefeitura não tem nenhum receio, não tem nada a esconder. Tenho certeza que relatório da Polícia Civil, que já ouviu mais de 80 pessoas, vai responder essa questão. CPI é bem-vinda, desculpem intromissão, mas dada quantidade de projetos de vereadores, certamente CPI neste momento viria a prejudicar prestação de serviços de votação para (beneficiar) a população".