A partir desta segunda-feira (1º), o Pronto Atendimento (PA) da Santa Casa de Misericórdia de Ouro Preto, na região Central de Minas Gerais, está com as portas fechadas. De acordo com assessoria de imprensa da prefeitura, o provedor da unidade de saúde informou que o custo para manter o atendimento é maior do que os repasses governamentais. Com isso, há uma dívida acumulada de R$ 8.712.664.
A Santa Casa só realizará serviços de internação. As emergências devem ser direcionadas para as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da cidade.
A unidade é uma instituição privada e filantrópica, o que a obriga a destinar 60% das atividades para o Sistema Único de Saúde (SUS).
Em 2014, 31,81% dos atendimentos realizados no Pronto Atendimento do hospital foram pelo SUS e 68,19% realizados por convênios particulares. Já de internações, 60,82% foram realizadas pelo SUS e 39,18% pelos convênios particulares.
A secretaria de Saúde, Sandra Brandão, afirma que que a Santa Casa já havia notificado o município sobre o fechamento do pronto-atendimento desde a sexta-feira. E que nesse fim de semana já houve um reforço de pessoal na UPA.
"Temos três clínicos atendendo no PA da UPA, e um pediatra e um clínico horizontal acompanhando a evolução dos pacientes que estão internados, isso sem falar do corpo de enfermeiros" afirmou Sandra.
Brandão conta que a UPA ainda conta com quatro leitos semi intensivos. E que o ortopedistas estão fazendo uma escala para atender os pacientes. Os casos de ginecologia e obstetrícia estão sendo encaminhados para o Sofia Fieldman e o hospital de Mariana.
"A gente já observou uma sobrecarga também no hospital de mariana, então o que a gente pode encaminhar para BH estamos fazendo. Também estamos aumentando o efetivo de técnicos de enfermagem até a gente discutir e reverter a situação", completa a secretária.