Na Semana Santa, a Igreja Católica celebra os mistérios sagrados da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. Dentro dessa programação, o arcebispo metropolitano dom Walmor Oliveira de Azevedo presidiu neste sábado (15), na paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem, no bairro Funcionários, na região Centro-Sul da capital, a Vigília Pascal, momento iniciado no sábado em memória à ressurreição de Cristo. Ela é considerada a “mãe de todas as santas vigílias” porque a Igreja se mantém à espera da vitória de Jesus sobre a morte.
A celebração reuniu religiosas que representaram as mais de 90 congregações e ordens femininas do Estado. “Nós, consagrados e consagradas, formamos uma enorme família na missão de dar testemunho do amor de Deus”, afirmou dom Walmor.
Segundo ele, a vigília é um momento de esperança que não está ancorada em promessas humanas, mas sim na palavra de Deus. “É um convite à conversão para que possamos apostar numa vida nova, diferente, o que é importante para nosso contexto de mundo e, particularmente, para nossa sociedade brasileira”, destacou.
Durante a solenidade, um morador de rua entrou na igreja, ficou na fila de fiéis e foi recepcionado pelo arcebispo, que o abençoou e lhe deu palavras de encorajamento.
Como finalização da Semana Santa, dom Walmor celebra neste domingo (16) a Santa Missa de Páscoa, no Santuário Nossa Senhora da Piedade, no alto da serra da Piedade, em Caeté, na região metropolitana de Belo Horizonte, a partir das 8h.
A população carente também será contemplada em outra celebração, às 15h, na Pastoral do Povo de Rua, na rua Além Paraíba, 208, no bairro Lagoinha, na região Noroeste da cidade.
Movimento. A Igreja São José, no centro de BH, recebeu uma ação diferente durante a Semana Santa. Nos dias do chamado Tríduo Pascal, membros da comunidade fizeram um protesto para alertar sobre a construção de um país mais justo e ético. O movimento foi nomeado “Diga Sim à Justiça e Não à Corrupção”.
União da fé e política. O padre Nelson Antônio Linhares ressaltou a importância da atividade em um período tão importante para os católicos. “Não podemos nos conformar com tantos irmãos que têm suas famílias dilaceradas pela corrupção e injustiça. A Igreja quer ser uma voz que denuncia essa violência, propondo a solidariedade e a justiça social como caminho de superação. Precisamos de políticas públicas que criem mecanismos éticos. Afinal, foi para dar vitória à paz que Jesus entregou a sua vida numa cruz”.