Pelo terceiro dia consecutivo, um grupo de servidores do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg) protestou e fechou o trânsito na Alameda Ezequiel Dias, no bairro Santa Efigênia, região Leste de Belo Horizonte.
O ato desta quarta-feira (28) começou em frente ao hospital, em seguida, os servidores caminharam para a avenida dos Andradas e retornaram para a unidade de saúde. Com o movimento grevista, todos os setores do Ipsemg, entre eles internação e odontologia, trabalham com 30% da escala.
Os trabalhadores cruzaram os braços na última segunda-feira (26) depois de esgotar todas as tentativas de acordo com a instituição, segundo informou o Sindicato dos servidores do Ipsemg (Sisipsemg).
Os servidores exigem a redução da carga horária de 40 para 30 horas semanais, concursos públicos para a contratação de mais trabalhadores e melhores condições de trabalho.
"Na última sexta, nós nos reunimos com o governo, mas não obtivemos nenhuma proposta concreta. Dessa forma os servidores decidiram em assembleia da categoria em entrar em greve por tempo indeterminado", explicou a presidente do Sisipsemg, Maria da Abadia de Souza.
Por meio de nota, o Ipsemg informou manter dialogo com o sindicato e que as reivindicações da categoria estão sendo apreciadas.
O Hospital Governador Israel Pinheiro, que tem atendimento todos os dias da semana, durante 24 horas, recebe cerca de 300 pacientes diariamente no Serviço Médico de Urgência (SMU). São realizadas também cerca de 40 internações por dias e 30 cirurgias eletivas.
Veja a nota do Ipsemg na íntegra:
O Governo de Minas e o Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg) mantêm diálogo pleno e permanente com os servidores da autarquia, representados por seu sindicato.
Embora o Governo e o Ipsemg entendam os princípios do direito dos servidores à greve é importante destacar que o país inteiro passa por um momento de restrições financeiras, o que requer de todas as administrações públicas maior cautela para não comprometer o orçamento público e a execução de políticas prioritárias.
Ainda assim, as reivindicações da categoria estão sendo apreciadas, cujos encaminhamentos já surtiram os seguintes resultados:
1 - retorno das contribuições dos servidores ao caixa do Ipsemg desde o início de 2015. O Instituto se propõe a estabelecer uma nova rodada de negociação com o Governo para viabilizar que a contribuição patronal também saia do caixa único e retorne ao Ipsemg.
2- a revisão do plano de carreira e a redução da jornada de trabalho de 40h para 30h já faz parte da agenda de trabalho do Instituto que vem realizando estudos e diálogos com outros órgãos do Estado com objetivo de conhecer outras experiências viáveis sem comprometer a assistência aos beneficiários, bem como garantir a qualidade dos serviços prestados. O grupo de trabalho retomará as discussões da proposta nesta semana.
3- o Ipsemg aguarda a apreciação da Advocacia Geral do Estado (AGE) da reivindicação do Sindicato sobre Processo Seletivo Simplificado para suprir a falta de pessoal na Gerência Odontológica. O Ipsemg espera obter uma resposta em breve.
4- no que tange à nomeação dos aprovados nos últimos concursos, das 72 nomeações solicitadas à Câmara de Orçamento e Finanças da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) 39 já estão autorizadas. O Instituto segue com os trâmites para nomeação e posse destes. O restante está sob análise.
5- O Ipsemg também estudará a reivindicação do Sindicato de manutenção de dois vales- alimentação para os plantonistas.
6 – Está em desenvolvimento um plano de segurança visando dar mais tranquilidade aos servidores quanto a segurança no ambiente de trabalho.
Considerando os avanços mencionados, o Instituto espera que a categoria considere também a essencialidade dos serviços prestados pelo Ipsemg aos seus mais de 850 mil beneficiários.
Outras manifestações. No início da manhã desta quarta, por volta de 6h30, cerca de 300 moradores da ocupação Isidoro, na região Norte de Belo Horizonte, saíram da região, marchando, em direção ao centro da capital.
O objetivo é realizar uma manifestação contra a ameaça de despejo. Isso porque na tarde desta quarta o caso será apreciado no Tribunal de Justiça de Minas Gerais e deverá ser julgado por 22 desembargadores.
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