No Padre Eustáquio

Taxista agride e rouba mulheres que discordaram de trajeto da corrida

O taxista jogou uma idosa de 78 anos no chão e fugiu levando a sacola de uma das vítimas que tinha um Iphone 6 e uma saia

Por Natália Oliveira
Publicado em 12 de dezembro de 2017 | 13:53
 
 
 
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Uma mulher de 78 anos e a filha dela, de 50, foram agredidas e roubadas por um taxista, nesta segunda-feira (11), no bairro Carlos Prates, região Noroeste de Belo Horizonte. A confusão começou depois que as passageiras questionaram o trajeto e preço exigido pelo motorista. O taxista jogou a idosa no chão e fugiu levando a sacola delas que tinha um Iphone 6 e uma saia.

De acordo com a Polícia Militar, as mulheres saíram da rua Rio Grande do Sul, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, e seguiam para a rua Padre Eustáquio. Durante o trajeto, elas questionaram o motorista que passou pela rua Santa Catarina, ao invés de seguir pela praça Raul Soares.

Quando chegaram  ao destino, o suspeito cobrou R$ 14 das vítimas, que disseram que não pagariam o valor. Elas tentaram dar R$ 10 para o homem, que não aceitou. Durante a discussão, ele derrubou a idosa no chão. Ela teve ferimentos no braço na e cabeça.

Depois das agressões, o homem pegou uma sacola que estava com as vítimas com um celular iPhone 6 e uma saia. Ele disse aos militares que levou os objetos como pagamento da corrida. O suspeito disse ainda que fugiu porque teve medo de ser agredido por populares que presenciaram a cena. O taxista também falou que só agrediu as mulheres porque a idosa deu bengaladas nele. 

Testemunhas anotaram a placa do táxi. Os policiais descobriram que o carro era alugado, mas conseguiram chegar ao taxista, que confessou o ato. Os objetos furtados também foram recuperados.

Segundo a polícia, o boletim de ocorrência foi registrado na Ceflan I por lesão corporal e furto. A Polícia Civil vai investigar o caso. As mulheres foram encaminhadas para o Hospital Felício Rocho para atendimento médico.

Sindicato

O vice-presidente do Sincavir-MG, sindicato da categoria, João Paulo de Castro, informou que repudia qualquer tipo de agressão, seja do condutor ou do passageiro, e disse que o associado pode ser expulso do sindicato.

“Cabe à BHTrans aplicar as punições necessárias, caso seja comprovada a culpa do motorista. E precisamos aguardar as investigações da Polícia Civil”, explicou.

O sindicalista afirmou que só tomou conhecimento do caso nesta terça-feira e que ainda não conseguiria checar se o taxista é associado. “Mas o Sincavir reitera que é contra qualquer tipo de violência e que vai acompanhar o caso”, finalizou.

443 reclamações contra taxistas

Entre janeiro e o fim de novembro deste ano, a BHTrans recebeu 443 reclamações contra taxistas. Por meio de nota, a empresa informou que entre as denúncias estão comportamento inadequado do operador, recusa de viagem, excesso de velocidade, conservação do veículo, desrespeito ao ponto, ao itinerário e cobrança abusiva.
Em relação a Alessandro da Silva Fernandes, o órgão informou que ele é condutor auxiliar em situação regular. O tempo dele como prestador de serviço não foi divulgado.
Em casos de denúncias de usuários, o motorista é chamado para prestar esclarecimentos e um procedimento administrativo é aberto, podendo resultar até mesmo em sua cassação.

Como denunciar

Para fazer reclamações e sugestões, os usuários podem acessar o site da BHTrans (www.bhtrans.pbh.gov.br), ligar no BH Resolve (número 156) ou ir até o posto do órgão (na rua dos Caetés, 342, no centro de Belo Horizonte). 

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