Há 12 anos na praça, as taxistas Flávia Santos, 35, e Juliana Vaz, 34, ainda se lembram das dificuldades do início da carreira. O ambiente machista e preconceitos do tipo “mulher não sabe dirigir” parecem já ter ficado para trás, mas elas ainda querem mais. Junto com outras 33 motoristas, as duas estão lançando o grupo Divas Táxi, que, além de oferecer serviços diferenciados, busca intensificar o diálogo com as mulheres da categoria e garantir mais segurança.
O grupo já está na ativa, e a expectativa é que em breve todas trabalhem pelas ruas de Belo Horizonte e de outras cidades da região metropolitana uniformizadas – de roupa social preta e branca. Aos clientes serão disponibilizados internet wi-fi, ar-condicionado e o pagamento em cartão de crédito. “Ainda tem o sorriso no rosto, um ambiente mais perfumado e aquela simpatia, que só uma mulher sabe ter, apesar dos problemas do dia a dia”, brincou Juliana.
A alternativa de serviço surge no momento em que o mercado do transporte se divide na disputa entre taxistas e motoristas do Uber e do recém-inaugurado WillGo. Apesar de algumas similaridades do serviço com o dos aplicativos, elas negam qualquer relação e refutam toda comparação. “Nós somos taxistas, regularizadas, trabalhando de forma legal. A ideia aqui é nos unirmos, trabalhar de forma integrada e oferecer um serviço cada vez melhor”, explicou Juliana.
O contato com o grupo estará disponível pelo aplicativo de celular Zello e em uma página no Facebook – ainda não há data para a efetivação. Uma lista com o nome de taxistas participantes também está sendo preparada. “Esses contatos vão nos auxiliar para fidelizar os clientes. E, quando uma não puder atender um chamado, ela passará para outra do grupo”, afirmou Flávia Santos, uma das integrantes.
Segurança. A preocupação é com o aumento da criminalidade na capital, principalmente em relação ao número de roubos. Segundo o Sindicato dos Taxistas de Belo Horizonte (Sincavir), cinco motoristas são assaltados em média por dia. Na última semana, por exemplo, uma das integrantes do Divas Táxi teve seu veículo roubado por um criminoso que se fingiu de passageiro no bairro Santa Cruz, na região Nordeste de Belo Horizonte.
“O carro foi recuperado, mas a situação não pode ser esquecida. Infelizmente isso acaba acontecendo, e temos que nos proteger de todas as maneiras”, disse Juliana, que também já foi assaltada.
Com a criação do grupo, as taxistas terão diálogo frequente pelas redes sociais. A intenção no futuro é criar um contato direto com a Polícia Militar, como acontece com a rede de comerciantes protegidos. “Vamos tentar formas de ação rápida contra crimes. Quando ocorrem situações como essa, a gente já costuma passar fotos e características dos suspeitos para que nenhuma seja atacada novamente”, explicou Flávia. “Temos que usar nosso sexto sentido. Se virmos que a situação é de risco, o melhor é não parar e seguir rodando”, acrescentou Juliana.
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Taxistas unidas por mais segurança e bom serviço
Motoristas criam grupo com 35 mulheres para oferecer mais qualidade a clientes
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