O delegado Geraldo Toledo Neto, suspeito de matar a namorada Amanda Linhares, de 17 anos, teve o pedido de habeas corpus negado pela 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Geraldo está preso desde o dia 15 de abril, acusado de homicídio qualificado e fraude processual.
Em 10 de junho, foi decretada a sua prisão preventiva. O delegado foi denunciado pela morte da adolescente com quem mantinha um relacionamento amoroso, e por ter modificado o cenário dos fatos, com a finalidade de apagar os vestígios que lhe imputassem a autoria do delito. O crime ocorreu em Ouro Preto, em 14 de abril.
Na Primeira Instância, a juíza Lúcia de Fátima Magalhães Albuquerque Silva decretou a prisão preventiva de G. por considerar que existiam indícios de que o delegado vinha ameaçando familiares da vítima e testemunhas do caso, além de praticar atos para dificultar as investigações, tais como ocultação e eliminação de provas.
O relator do habeas corpus, desembargador Renato Martins Jacob, concluiu que são muitas as condutas imputadas a Geraldo Toledo, que demonstram que a sua liberdade pode trazer riscos ao regular andamento da instrução criminal, bem como à garantia da ordem pública.
Segundo o desembargador, consta nos autos que o acusado é uma pessoa violenta, que já havia ameaçado e agredido diversas vezes a vítima, assim como uma ex-namorada. “Esses fatos evidenciam o comportamento agressivo do delegado e, aliados à sua personalidade violenta, reforçam a necessidade de sua prisão provisória, também para a garantia da ordem pública”, explica o relator.