Greve

Trabalhadores protestam na Prefeitura de Betim 

Servidores da Saúde seguem de braços cruzados; Educação está parada desde dia 15

Publicado em 24 de abril de 2014 | 03:00

 
 
normal

Servidores da saúde de Betim, na região metropolitana, decidiram continuar de braços cruzados até nesta sexta. Integrantes da categoria se uniram a trabalhadores da educação – setor em greve desde o dia 15, por tempo indeterminado – e percorreram as principais ruas do centro para depois protestar dentro da sede da prefeitura. Munidos de charanga, faixas e apitos, cerca de 2.000 servidores demonstraram insatisfação contra a proposta de reajuste parcelado de 7%, feita pela administração municipal.

Os servidores da saúde alegam que não houve avanços na negociação com a prefeitura e também podem entrar em greve por tempo indeterminado. Nessa quarta, eles realizaram paralisação que inicialmente seria de 24 horas, mas, em assembleia pela manhã, a categoria decidiu continuar com o movimento até nessa sexta.

“Estamos em estado de greve. Nessa quarta à tarde, realizamos uma reunião com a prefeitura para negociar as nossas reivindicações, mas não houve avanços. O Executivo quer conceder reajuste de 7%, parcelado em duas vezes, e não vamos aceitar”, disse a diretora do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde (Sind-Saúde), Berenice Freitas. A categoria também criticou a proposta de reajuste de 15% no cartão Cesta Servidor.

Nesta sexta haverá nova assembleia para decidir os rumos do movimento. No entanto, segundo alguns vereadores, há a possibilidade de o governo enviar para votação na Casa ainda nesta semana um projeto de lei que propõe o reajuste de 7% escalonado – 3% em maio e 4% em agosto, mesmo sem ter fechado o acordo com os sindicatos. “Se isso ocorrer, será uma truculência do governo, porque a negociação ainda não acabou”, disse Berenice.

Resposta. Em nota, a prefeitura informou que, na reunião dessa quarta com os sindicatos, foi mantida a proposta de reajuste de 7%, mas o parcelamento foi modificado para 3% em maio (retroativo a abril) e 4% em agosto, e não em outubro, como havia sido proposto inicialmente. O Executivo informou que propôs reajuste de 15% no cartão Cesta Servidor, que passaria de R$ 200 para R$ 230.

“Os representantes sindicais apresentarão essas propostas às respectivas categorias, e, na próxima quarta-feira, um novo encontro entre o governo e os servidores será realizado no Centro Administrativo”, diz o texto.

Educação

Prejuízo. A greve na educação começou no último dia 15 e não tem prazo para acabar. A categoria reivindica reajuste de 34% e isonomia salarial. Cerca de 30 mil alunos estão sem aulas.