Na orla da lagoa da Pampulha, o comerciante Tony Villa conta que vê, em média, dois acidentes por semana envolvendo ciclistas. “No último domingo, um carro capotou aqui perto. A via ficou curta, sem acostamento, e o motorista não tem para onde desviar”, diz ele, que é proprietário de um quiosque de lanches próximo à Casa de Baile. Villa trabalha na região há 28 anos e afirma nunca ter visto tantos acidentes.
O músico Marcelo Beroussi, 38, concorda. Ele usa a bicicleta como meio de transporte para ir de casa ao trabalho na região quase todos os dias. “Nos fins de semana e horários em que o pessoal vem caminhar, não tem jeito. Em muitos trechos, ficamos encurralados”, conta.
O ciclista José Custódio conta que se tornou mais uma vítima do gelo baiano recentemente, quando foi fechado por um carro. Ele caiu em cima dos blocos de concreto, e o motorista fugiu sem prestar socorro. “Meu capacete ficou todo destruído do lado esquerdo”. (CB)