Tremor causa trincas em casa de Esmeraldas, na Grande BH

O tremor de terra que atingiu Belo Horizonte e outras 14 cidades da região metropolitana, na manhã desta segunda-feira (2), causou trincas em uma casa de Esmeraldas.

O motorista de caminhão Elir Ferreira de Almeida, de 51 anos, contou que estava em casa, localizada na avenida Fernão Dias, no bairro Cidade Jardim, com a companheira, dois filhos e dois netos, de 9 e 10 anos, quando escutou um barulho.

“Tinha acabado de acordar e fui para o banheiro. Minutos depois escutei as janelas baterem e tive a sensação que o chão estava afundando. Pensei que fosse trovão, mas depois vi que era coisa séria”, contou.

O abalo durou alguns segundos. Depois do susto, a família percebeu que trincas sugiram em alguns cômodos. Segundo o morador, as paredes da sala, corredor e o teto do banheiro foram atingidos.

“Vou chamar a Defesa Civil para fazer uma vistoria. Não sabemos o que aconteceu com a estrutura da casa. Sempre acompanhamos notícias de tremores em Montes Claros. É assustador e o meu medo é que volte a acontecer aqui”, disse o motorista.

Segundo o Corpo de Bombeiros, a corporação não recebeu nenhum chamado relacionado ao abalo sísmico. A reportagem de O TEMPO tentou contato com a Defesa Civil Estadual, mas as ligações não foram atendidas.

Outros relatos

Durante toda a manhã, mais de 150 leitores enviaram para o WhatsApp do Portal (9 9827-4455) depoimentos sobre o tremor. Veja alguns deles:

“Me chamo Liomar moro no Centro de Contagem senti o tremor na hora estava dormindo. Acordei assustado e veio com um barulho forte pensei q era alguma coisa da minha cabeça mais hoje levantando e vendo pessoas postando no Face vi que era verdade” Liomar Nunes Lino

“Moro na região central de Betim, e por volta das 6:20h da amanhã ouvi um estrondo seguido de um tremor forte. Assustei e achei que era alguma bomba ou dinamite na região”. Elaine Cristina Costa

“Moro em Ribeirão das Neves, bairro Status, por volta das 6:25 minha filha estava se arrumando pra escola quando as janelas e as paredes começaram a tremer. Durou cerca de30 segundos. Foi no mínimo assustador”. Claudia Souza

“Sou de Ibirité e eu estava me arrumando para ir ao trabalho, quando de repente, as telhas que fazem a cobertura da minha laje começaram a bater e tremer levemente, mas fazendo um barulho médio. Durou cerca de 15 a 20 segundos, fui até ao portão para ver se estava passando pela rua algum caminhão ou outro veículo de grande porte, e a rua estava deserta. Então fui à casa da minha mãe do lado da minha casa, e relatei tudo a ela que ficou assustada. Após uns 10 minutos, minha tia que mora perto da minha casa chegou relatando que sentiu um tremor de terra na sua casa e perguntou se havíamos sentido também. Uma outra tia que mora a uns 600 metros da minha casa também entrou em contato relatando que também houve um tremor de terra na sua residência”.  Alisson Santos Amorim

“Sou moradora da região de Ibirité, e senti o tremor, na mesa e na janela, na faixa de 6:20 da manhã, fiquei assustada não sabia ao certo o que era, chegando no meu trabalho, os pacientes estavam comentando sobre o ocorrido”. Elisangela Caetano da Silva

“Sou moradora do bairro Padre Eustáquio, em BH. Na madrugada de hoje senti um tremor muito forte, minha casa tremeu toda, a princípio eu achei que estava sonhando. No momento do tremor uma caminhonete passou na rua, mas pensei que um carro não conseguiria tremer a casa toda, foi uma sensação horrível”. Camila de Souza Oliveira

Tremor

Nesta manhã, o Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB) confirmou um abalo sísmico de magnitude 3.7 em Esmeraldas. O epicentro foi sentido em Belo Horizonte, Contagem, Betim, Esmeraldas, Ribeirão das Neves, Ibirité, Juatuba, Matozinhos, Vespasiano, São José da Lapa, Pedro Leopoldo, Igarapé, Brumadinho, na região metropolitana, e Sete Lagoas, na região Central do Estado.

De acordo com o professor George Sand, do observatório, o abalo sísmico é o maior da história da região desde 1992, quando o UnB começou a registrar eventos na área.
“O primeiro em Betim, em 92, foi de magnitude 2.1. No mesmo ano, tivemos outro de 3.0 em Belo Horizonte. Até então, o maior era um de Nova Lima, em 2011, com magnitude de 3.3”, disse.