O derramamento de 15 mil litros de óleo fechou uma rua no bairro São Marcos, região Nordeste de Belo Horizonte, nesta segunda-feira (17).
De acordo com a denúncia, a responsável seria uma empresa que recolhe e armazena o produto de forma clandestina na rua Fernando Tristão de Oliveira. O depósito teria capacidade para até 45 mil litros.
Nessa manhã, os moradores foram surpreendidos com a via coberta de terra e fechada ao trânsito de veículos e pedestres. "Mais de 100 metros da rua estavam cobertos pelo óleo, que eu não sei se é vegetal ou combustível, que eles guardam no depósito. O produto deve ter vazado durante a noite, aí eles cobriram tudo com terra e interditaram a rua com tambores", denunciou o morador que prefere não ser identificado. A empresa não tem placa ou qualquer inscrição na porta. E, rotineiramente, caminhões seriam flagrados na porta do galpão.
A empresa foi denunciada diversas vezes pela atividade e nunca pega pela fiscalização. "Somente eu fiz duas denúncias. A fiscalização da prefeitura vem, mas sempre encontra o local fechado. Eles movimentam mais no fins de semana e à noite".
Ainda na manhã desta segunda (17), o morador que fez a denúncia deixou o trabalho e voltou ao endereço. "Quando cheguei lá, encontrei um cara que eles contrataram para limpar a rua. Ele me disse apenas que um tambor de 15 mil litros vazou durante a noite e que o depósito armazena pelo menos uns 45 mil litros de óleo combustível... A BHTrans também esteve lá", contou.
A BHTrans confirmou para nossa reportagem que esteve na rua Fernando Tristão de Oliveira, e que sinalizou o local. Os agentes de trânsito, no entanto, encontraram a via já liberada e com um responsável fazendo sua limpeza.
Fiscalização
De acordo com a Regional Nordeste, há o registro de seis denúncias contra a empresa, porém seus responsáveis ainda não foram notificados. A primeira fiscalização aconteceu em dezembro de 2013 e a última em 21 de julho deste ano.
Na maioria das visitas, o local teria sido encontrado fechado. Já nas vezes em que estava de portas abertas, não foi possível perceber a prática de qualquer atividade. Outros moradores também teriam dito aos fiscais que a empresa não funcionaria mais no endereço.
A administração prometeu uma nova fiscalização.