Uma manifestação de vigias de escolas municipais de Belo Horizonte complicou o trânsito na avenida Afonso Pena, no centro de Belo Horizonte, na manhã desta quarta-feira (25), no sentido bairro das Mangabeiras. O grupo pediu que as demissões dos 520 trabalhadores noturnos sejam anuladas.
De acordo com o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de BH (SindRede), Wanderson Rocha, o grupo se reuniu na praça Sete. "Queríamos uma reunião com o prefeito ou com o vice, mas não conseguimos. Com isso, vamos fazer uma reunião, às 19h, na Câmara Municipal de Vereadores. Vamos tentar revogar essas demissões", disse.
Segundo ele, cerca de 400 pessoas participaram do ato. Já a Polícia Militar, que acompanhou o protesto, afirma que foram cerca de cem. Agentes da BHTrans também estiveram no local.
Na última semana, a prefeitura anunciou que no lugar dos vigias serão instalados sistemas de segurança. A estimativa dos gastos com a implementação do sistema, como os alarmes sonoros e, posteriormente, as câmeras de segurança, é de R$ 500 mil mensais. Já o gasto com os vigias noturnos, segundo a secretaria, é de R$ 1,8 milhão por mês. Com isso, a prefeitura pretende economizar R$ 1,3 milhão todo mês.
Ainda conforme a pasta, a opção por cortar os funcionários da segurança que atuam no período noturno foi o meio encontrado que menos irá impactar as ações pedagógicas, ou seja, o ensino dos alunos.
Por meio de nota, a prefeitura informou a decisão de demitir os vigias precisou ser tomada diante da crise econômica que atinge o país. Além disso, todos os setores precisaram passar por readaptações.
Veja a nota na íntegra:
"Diante da crise econômica que atinge o país, com consequências diretas e igualmente graves para estados e municípios, a Prefeitura de Belo Horizonte vem, desde 2014, tomando uma série de providências como a redução de veículos, dos serviços terceirizados, do número de estagiários, de aluguéis e o congelamento de salários de prefeito, vice-prefeito e secretários. Neste cenário de crise, é preciso considerar que a arrecadação da Prefeitura vem evoluindo em patamar abaixo da inflação, ao mesmo tempo em que está havendo aumento de custeio em virtude da ampliação da prestação de serviços, com novas escolas e outros equipamentos públicos. O objetivo de todas medidas adotadas é garantir a saúde fiscal do município sem comprometer os serviços essenciais para a população e os salários dos servidores. Todos os órgãos municipais foram orientados a realizarem adaptações operacionais no sentido de compatibilizar suas despesas com a receita disponibilizada pelo Município. Nenhuma medida adotada pela Prefeitura afetará a qualidade dos serviços essenciais prestados à população".
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Atualizada às 13h54