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Base pressiona, e reforma administrativa perde força 

Na Assembleia, a diminuição dos futuros cortes foi recebida com alívio

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PUBLICADO EM 05/02/16 - 03h00

A pressão da base aliada para não perder espaço no governo com a reforma administrativa de Fernando Pimentel surtiu efeito. Os petistas decidiram mudar o termo e agora falam que o que está sendo pensada é uma reestruturação administrativa. Na prática, os cortes de cargos e as demissões serão reduzidos, e a proposta que já estava praticamente pronta para ser enviada para a Assembleia está sendo redesenhada.

“O que será feito é uma reestruturação administrativa. A reforma será um pouco menor, mas a meta de economizar R$ 1 bilhão será mantida”, diz o líder do bloco governista, Rogério Correia. O deputado não usa a palavra pressão, mas diz que a “estabilidade política é fundamental, e a falta dela causa problemas”.

Na Assembleia, a diminuição dos futuros cortes foi recebida com alívio. “Ficou uma situação complicada. Até agora ninguém nos informou nada sobre quem vai perder o quê”, disse um aliado.

Uma fonte do Executivo próxima ao governador confirmou que a reforma está sendo repensada e que o termo usado agora será “reestruturação”. “A redução será de custeio, e talvez alguns projetos sejam diminuídos. O governador pedirá que as secretarias cortem custos”, disse.

O secretário de Governo, Odair Cunha, se reuniu nesta quinta com líderes do PCdoB para conter o desconforto e a cobrança da legenda aliada, que hoje comanda a Secretaria de Turismo, com Mário Henrique Caixa. A sigla tem ainda a vice-presidência da Companhia Mineira de Promoções (Prominas), que é uma empresa de economia mista, ocupada hoje por Zito Vieira. A firma é uma das oito empresas públicas que podem ser extintas.

No início desta semana, Odair se reuniu com os deputados. Na reunião, chegou a ser questionado sobre a reforma, se esquivou, disse que era um assunto para outra oportunidade. Odair garantiu aos deputados que eles serão consultados e comunicados das mudanças antes do envio do projeto de lei para a Casa.

Agora, os cortes devem se concentrar em cargos que estão vagos. Algumas estruturas serão mantidas, mas o status deve ser alterado. Uma secretaria, por exemplo, pode virar subsecretaria. 

Explicação

O vereador de Belo Horizonte Vilmo Gomes (PSB) enviou ao Aparte uma nota explicando sua situação a respeito dos gastos com verba indenizatória em lanches, tema de matéria publicada por O TEMPO na última semana. “Do valor anual previsto em R$ 32.400, fiz uma economia de R$ 16.955,95, tendo gasto menos da metade do valor passível de reembolso”, disse Vilmo Gomes. Em sua nota, enviada por meio da assessoria de imprensa, o vereador calculou que o valor médio de cada refeição do parlamentar foi de R$ 8,17 e o valor médio do lanche de cada assessor foi de R$ 2,79. A reportagem publicada na edição de 25.1.2016 mostrou que Vilmo Gomes é o terceiro que mais gasta com comida.

Sem verba

Ainda segundo a nota, devido à repercussão entre seus eleitores, por conta da matéria publicada no jornal, seu gabinete deixará de fazer o uso da verba indenizatória para a alimentação no gabinete. “Mantendo minha postura e meus princípios morais e éticos, reafirmo o compromisso de zelo com o dinheiro público e sua utilização conforme a legalidade, bem como trabalhar em prol da população. Diante do exposto, achamos por bem não mais fazer uso da verba destinada à alimentação.”, diz trecho do texto enviado por Vilmo Gomes. No entanto, de acordo com as novas regras anunciadas no início da semana pela Câmara, não haverá mais pagamento de alimentação por parte da Casa.

FOTO: Valter Pontes / Agecom Salvador
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ACM na folia. Como de costume, Salvador já está no clima do Carnaval mesmo antes de a folia começar oficialmente na maior parte do Brasil. Na noite da última terça-feira, o prefeito da cidade, Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM), fez a tradicional entrega das chaves da cidade à corte momesca.

114.280 VAGAS foram preenchidas no processo de designação de professores e trabalhadores para atuarem nas escolas estaduais em 2016 em Minas Gerais.

Vem para cá

O governador Fernando Pimentel (PT) acompanhou a presidente Dilma na inauguração de uma fábrica da AmBev nesta quinta em Uberlândia. Por lá, Pimentel destacou a importância do empreendimento e recomendou à presidente Dilma Rousseff que, quando estiver com problemas, venha a Minas. Pimentel destacou que a denominação dos mineiros faz referência a uma profissão: mineiro. “Toda vez que a senhora se sentir incomodada com esse clima de pessimismo que tem no Brasil, venha a Minas Gerais. Aqui nós enfrentamos a crise com trabalho, empenho, dedicação. E aí não tem crise que nos vença, muito menos o Aedes Aegypti”, afirmou Pimentel em um breve discurso. “Nos aguardem, o futuro nos pertence e é para ele que nós estamos indo”, completou.

Protesto

Hoje, os auditores fiscais da Receita Estadual de Minas irão realizar um ato público, a partir das 9h30, em frente ao prédio das delegacias fiscais do órgão. De acordo com a classe, a escolha do 5º dia útil do mês como o da manifestação faz referência ao dia em que os servidores deveriam receber o salário integralmente, o que não ocorrerá, já que os auditores, assim como outras categorias do Estado, terão os salários de fevereiro, março e abril parcelados, conforme decisão do governo anunciada no último mês. Além de exigir o pagamento integral, a categoria pede a recomposição de perdas salariais. Também anunciaram que haverá paralisação nas unidades de fiscalização de todo o Estado, como delegacias e postos fiscais.

Rádio Super

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