Recuperar Senha
Fechar
Entrar

Deputado diz que aumento da verba é para evitar escândalos

Enviar por e-mail
Imprimir
Aumentar letra
Diminur letra
PUBLICADO EM 27/02/15 - 03h00

Depois que a Mesa Diretora comandada pelo presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) decidiu autorizar o aumento de todas as despesas com parlamentares, incluindo verba de gabinete para pagar funcionários, auxílio-moradia e cota parlamentar, o que inclui agora até passagens para as mulheres dos parlamentares, deputados federais mineiros evitam ao máximo tratar do assunto. Alguns até se irritam quando questionados sobre a conveniência e a justiça da medida, no momento em que o governo aumenta impostos para salvar as contas.

Há parlamentares, no entanto, que não apenas tratam do tema, como dão respostas, no mínimo, curiosas ao justificar o benefício. É o caso de Odelmo Leão Carneiro Sobrinho (PP), que responde cheio de sinceridade. “O parlamentar precisa ter condições de exercer o mandato para que não use outros meios que são conhecidos de toda a imprensa e depois virem escândalos”.

Raquel Muniz (PSC) vai em linha parecida e critica os colegas. “Acho que tem que ser coerente. As pessoas dizem que não vão usar, mas às vezes fazem outras coisas indevidas, irregularidades. Pode usar, só não pode abusar”.

Paulo Abi-Akel (PSDB) afirma achar injusto. “Eu me posicionei claramente contra passagem aérea para esposa. Acho que está na contramão do discurso político”, afirma. Mas, quando questionado se irá usar o benefício, muda um pouco o tom. “Não pretendo usar as passagens. Só se for em casos muito excepcionais, uma missão oficial... Eu não vou tomar uma atitude isolada”.

Até o protesto dos caminhoneiros foi usado como argumento por um deputado. “Se os caminhoneiros terão que aumentar o frete devido ao preço do combustível, porque não podemos aumentar a verba para cobrir os nossos gastos de gasolina?”

Apolo critica Pimentel
Especulado anteriormente como um dos possíveis membros do conselho gestor de combate à crise hídrica, o ambientalista mineiro Apolo Heringer não poupa críticas à maneira como o assunto vem sendo tratado pelo governador Fernando Pimentel (PT). De acordo com o ativista, o petista não tem ciência da gravidade da situação da água no Estado. “Não concordo em nada com a postura adotada pelo governador nessa área. Pimentel trata o problema como um plano de engenharia e não está percebendo o tamanho da crise em que estamos. Não adianta colocar dinheiro e mais dinheiro na questão, se as secretarias e os órgãos continuarem acreditando que a questão será resolvida por projetos de lei”, dispara. De acordo com ele, a crise de recursos hídricos é de total responsabilidade dos governos, que não se prepararam nem se organizaram da forma necessária. “Estão equivocados no diagnóstico e no tratamento”.

Sem poupar ninguém
Apolo Heringer critica, também, a forma como os secretários de Estado de Agricultura, João Cruz Reis (PMDB), e Meio Ambiente, Sávio Souza Cruz (PMDB), foram escolhidos. Segundo ele, Pimentel “ignorou” a opinião de especialistas e ambientalistas para indicar os nomes. “Ele consultou apenas entidades empresariais para colocar essas pessoas lá. Não foi feito qualquer tipo de consulta para ver se o diálogo ia ser bom, nada. Para você ver, o Sávio Souza Cruz nunca teve qualquer ligação com o meio ambiente e foi alçado ao posto”, critica.

FOTO: ALICE VERGUEIRO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
01
Geraldo Alckmin

Relembrando. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, inaugurou nesta quinta um dos maiores Centros de Simulação Realística em Saúde (CSRS) do país, voltado para o ensino dos profissionais da área oncológica, no Instituto do Câncer (Icesp), na capital paulista. Com investimento de R$ 1,5 milhão, a nova área é ligada à Secretaria da Saúde e à Faculdade de Medicina da USP. Médico por formação, o tucano simulou a realização de um procedimento.

R$ 132 mil GASTOU o deputado Eduardo Cunha com passagens aéreas em 2014. Foi por decisão do agora presidente da Câmara que a verba indenizatória foi elevada.

Empacou. O governo federal bloqueou, na última quarta-feira, R$ 32,6 bilhões que seriam usados para o pagamento de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Segundo o Ministério do Planejamento, o bloqueio atinge obras que ainda não saíram do papel. E Dilma um dia já foi chamada de “mãe do PAC”...

Depois da reforma
Falta pouco para a CPI do Mineirão ser, finalmente, protocolada. De acordo com o deputado Iran Barbosa (PMDB), que lidera a busca por outros parlamentares dispostos a assinar o pedido de abertura da investigação, o documento deve ser entregue à Mesa Diretora da Casa “assim que a reforma administrativa for votada”. A reforma está prevista para ser colocada em pauta nas próximas reuniões no plenário. A CPI pretende investigar eventuais irregularidades na concessão do maior estádio de Minas à iniciativa privada. Há alguns dias, faltava apenas uma assinatura.

Santana vence Beltrame
Em disputa com o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, o titular da pasta de Defesa Social em Minas, Bernardo Santana, foi eleito presidente do Colégio Nacional de Secretários de Segurança Pública (Consesp) para o biênio 2015/2016. A chapa do mineiro recebeu 14 votos, contra oito do fluminense. “Vou valer-me da experiência como deputado federal para levar ao Parlamento propostas de mudanças no nosso ambiente legal para aperfeiçoar as políticas de segurança pública”, disse Bernardo Santana após ser eleito. Ele defende o fortalecimento da relação com o Congresso.

Rádio Super

O que achou deste artigo?
Fechar

Deputado diz que aumento da verba é para evitar escândalos
Caracteres restantes: 300
* Estes campos são de preenchimento obrigatório
Log View