Rede Minas tira jornal do ar e gera polêmica com a TV Cultura
O “Jornal da Cultura”, da TV Cultura, que ia ao ar de segunda a sábado, às 21h, na Rede Minas, deixou de ser exibido pelo canal mineiro na última semana. Os próprios integrantes do jornal insinuaram, no noticiário apresentado na quinta-feira (9), que o “JC” foi retirado do ar no Estado devido às críticas que eram direcionadas ao PT, já que a Rede Minas é uma emissora pública do Estado agora comandado pelo partido. Ao mesmo tempo, a TV Cultura, que também é pública, é gerida pelo governo de São Paulo, sob o comando do tucano Geraldo Alckmin.
No lugar do “Jornal da Cultura”, a Rede Minas voltará a exibir o telejornal “Repórter Brasil”, gerado pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), ligada ao governo federal, também petista. De acordo com o presidente do canal mineiro, Israel do Vale, no entanto, a retirada do programa foi uma questão técnica.
“Foi uma decisão delicada e tranquila. Infelizmente, não tínhamos conteúdo nosso veiculando no “Jornal da Cultura”, não havia a via de mão dupla, diferente da TV Brasil, que sempre deu destaque e visibilidade para os nossos conteúdos, inclusive por meio de coproduções, que chegaram a trazer para a Rede Minas o aporte financeiro de R$ 1,5 milhão. E com o “Jornal da Cultura” isso foi perdido nos últimos anos”, explicou o presidente da emissora.
Em relação às críticas do filósofo e comentarista Luiz Felipe Pondé, que afirmou que houve um “boicote” do “JC” no canal mineiro, e do cientista político Sérgio Fausto, que disse que a retirada do programa poderia ser por questão política, já que Minas Gerais, hoje, tem como governador um político do PT (Fernando Pimentel), o presidente da Rede Minas garante que a informação não procede: “Não temos nada a esconder ou temer. Foi uma decisão técnica. Qualquer tipo de insinuação é, no mínimo, leviandade. Deveria ser feito um esforço mínimo de jornalismo, de pedir uma resposta para nossa emissora, para dar uma informação saudável ao telespectador”.
O “Jornal da Cultura” era exibido em cooperação entre a Rede Minas e a TV Cultura desde fevereiro do ano passado. Já o programa de entrevistas “Roda Viva”, que também é de autoria do canal paulista, continua com sua exibição normal, todas as segundas-feiras, às 22h.
Uma estrela que recebe repetidos pedidos de abraços e poses para fotos, que mal consegue andar no corredor sem ser interpelada por algum fã. Foi assim a passagem do advogado Carlos de Almeida Castro, o Kakay, em uma conferência da OAB de Minas, em Montes Claros, na última semana. Palestrando, foi simpático, arrancou gargalhadas. Ele disse que os advogados que se posicionam contra a delação premiada na operação Lava Jato estão sendo criminalizados. “O procurador é um homem sério, o Sérgio Moro também, trabalha como ninguém, inclusive, no meu escritório eu tenho um santuariozinho com foto dele e do Ministério Público para que eu rezo todo dia”, disse, para gargalhadas da plateia.
Só inocente
Enquanto isso, Kakay, muito bem-humorado, quando era questionado por jornalistas sobre o ditado no meio jurídico que diz que “advogado não tem cliente, tem inocente” e se a corrupção não estaria alastrada no país, rebateu de bate-pronto: “Tenho 33 anos de advocacia, nunca tive um cliente condenado, só tive cliente inocente. Deus me deu essa sorte”. Os jornalistas questionaram o que a população pensaria da sua declaração: “Acho que eles pensam assim: se eu tiver um problema, procuro o Kakay”.
O grande número de Projetos de Leis (PLs) que foram desarquivados no início do ano na Assembleia Legislativa de Minas tem feito com que as novas propostas dos deputados estaduais demorem a constar no site da instituição. Devido à demanda acima do normal no Núcleo de Recebimentos de Proposições da Casa, até julho deste ano o processo deve permanecer lento, e assim, alguns parlamentares não devem ter as matérias de sua autoria vinculadas ao seu nome no endereço eletrônico tão rapidamente. É o que afirmam os assessores de políticos da Casa. A ALMG afirma que mais de mil projetos de lei já foram recebidos, mas que muitos ainda estão na fase de análise, antes da apresentação formal ao plenário. Essa fase analisa se há semelhança com proposições anteriores ou se se trata de temas que já tenham recebido parecer de inconstitucionalidade.