Sinais fracos
Não se observa mobilização nas redes sociais para as manifestações neste domingo, 12, convocadas por Brasil Livre, Vem pra Rua, Patriotas e outros grupos em protesto contra o governo Dilma. E as previsões de público vêm baixando: os meios políticos já esperam eventos menores que os de 25 de março.
Impicheiros órfãos
Inicialmente, os organizadores e apoiadores dos protestos apostaram tudo no impeachment de Dilma, que se mostrou uma bandeira mobilizadora nos primeiros eventos. Agora, porém, com o impeachment fora da pauta do Judiciário e do Legislativo, o movimento perdeu apelo. Até achar outro grande mote para galvanizar a insatisfação social, será difícil atrair multidões.
Tudo pelo caixa
Dalce Ricas, superintendente da Amda, aponta o risco de “oficialização de parâmetros econômicos e políticos do licenciamento ambiental” em Minas, com o governo flexibilizando regras para empresas e usando recursos de multas ambientais para cobrir seu déficit orçamentário. Em suma, a Amda teme que a ação oficial no setor priorize a arrecadação de dinheiro para reforçar o caixa estadual e deixe o meio ambiente em segundo plano.
Todo cuidado
As demissões atingiram o setor de TI. Fala-se em Araxá que a CBMM busca mais controle sobre as informações da empresa, zelosa em relação ao contrato com o Estado que lhe garante 75% dos lucros do nióbio.
Não acabou
As auditorias seguem a todo vapor na Controladoria Geral do Estado (CGE), com a equipe de Mário Vinicius Spinelli analisando com lupa cada contrato ou convênio firmado nos governos anteriores.
Pior passando
A inflação vem sendo pressionada neste início de ano por três fatores que tendem a perder força sobre os preços no segundo semestre: alta do dólar, tarifaço dos combustíveis e da energia, e aumento de impostos. Ao mesmo tempo, o consumo em queda não dá margem a reajustes fortes nas tabelas das empresas. No médio prazo, o cenário para a inflação é benigno.
Sem bandeira
Ao que parece, a mobilização antigoverno refluiu após levar multidões às ruas, em vez de crescer e encorpar. É como se 25 de março tivesse sido o fim e não o começo do movimento. A explicação para o refluxo pode estar na pauta dos protestos, ou na falta dela: “Qual o objetivo?”, retrucou um jovem ontem ao ser chamado, e recusar-se, a participar dos novos atos.
Unhas de fora
A Amda, mais famosa entidade ambientalista em Minas, já começou a criticar a gestão Pimentel. A entidade não gostou da criação de força-tarefa no setor sem a participação de órgãos ambientais, como Feam e Igam. E vai questionar a atuação do novo governo na plenária do Copom (Conselho Estadual de Política Ambiental), no dia 22.
Pulga na orelha
Funcionários da CBMM relatam a demissão de 25 colegas. Embora rotineiras em toda empresa, as dispensas na mineradora chamaram atenção por ocorrerem após a divulgação de críticas a convênios firmados por sua parceira pública na exploração de nióbio, Codemig.
Peneirando
O PSDB está passando uma peneira na sua estrutura e eliminando tucanos pouco comprometidos. Prestes a renovar seus dirigentes em todo o país, no fim de maio, o PSDB decidiu cancelar as eleições em seus diretórios e comissões mais ineficientes, cerca de 30%, que não tiveram desempenho mínimo no pleito parlamentar em 2014.
O que vem depois
Spinelli e sua turma não têm prazo para terminar o serviço. De certo, hoje, só o destino das eventuais irregularidades detectadas: Tribunal de Contas e/ou Ministério Público, onde há grupos de servidores predispostos a dar sequência e consequência às investigações iniciadas pela C</CJ>GE.